quarta-feira, 18 de março de 2020

Projeto europeu TRIPLE-C divulga as melhores práticas na prevenção e gestão de riscos associados a alterações climáticas


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O projeto “Triple-C – Capitalising Climate Change Projects in Risk Management for a better Atlantic Area Resilience”, do qual faz parte a Universidade de Coimbra (UC), vai selecionar e transferir os melhores exemplos de boas práticas identificadas em projetos europeus, no domínio da prevenção e gestão de riscos decorrentes das alterações climáticas, para que estas sejam tidas em consideração na formulação de políticas regionais e europeias. Este trabalho de capitalização servirá também de base para a próxima geração de programas de cooperação transnacional.

De forma a alcançar estes objetivos, a plataforma TRIPLE-C, um dos principais resultados do projeto, vai compilar toda a informação dos projetos capitalizados, convertendo-se numa fonte essencial de informação sobre iniciativas focadas na adaptação às alterações climáticas.

Assim, a plataforma TRIPLE-C e o compêndio de projetos capitalizados partilharão os melhores exemplos de boas práticas em toda a Europa em matéria de gestão e prevenção dos riscos associados às alterações climáticas. Esta plataforma estará ativa pelo menos durante 5 anos após a conclusão do projeto, de forma a permitir o acesso dos profissionais e das autoridades locais, regionais e nacionais a uma aprendizagem contínua.

O Projeto Triple-C, financiado pela União Europeia (UE), através do programa Interreg Altantic Area, junta em consórcio o NEIKER - Instituto Vasco de Investigación y Desarrollo Agrario, a L'Association Climatologique de la- Moyenne-Garonne et du Sud Ouest (ACMG), a Chambre d'Agriculture de la Dordogne (CDA24), o Westcountry Rivers Trust (WRT), o Limerick Institute of Technology (LIT), a Universidade de Coimbra (UC), a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e o Spanish National Research Council (CSIC).

Os parceiros vão selecionar, organizar e atualizar as metodologias, resultados e instrumentos obtidos a partir dos diferentes projetos na área da gestão e prevenção dos riscos associados às alterações climáticas. Vão também identificar os resultados e boas práticas que merecem maior difusão e exploração. Um dos objetivos estabelecidos pelo consórcio do Triple-C é capitalizar os projetos através do intercâmbio de boas práticas e experiências entre parceiros, bem como através da identificação de barreiras e soluções e da formulação de recomendações. Pretende-se ainda assegurar a máxima visibilidade dos produtos, metodologias, atividades e resultados dos projetos a nível europeu.

O projeto TRIPLE-C incluirá igualmente o diagnóstico do impacto dos projetos capitalizados, reunindo os melhores resultados destes projetos, através da elaboração de orientações para a próxima geração de programas de cooperação da União Europeia, em matéria de gestão dos riscos das alterações climáticas.

As atividades e eventos levados a cabo pelos parceiros, em conjunto com os responsáveis pelos projetos capitalizados, criarão sinergias e permitirão reforçar as capacidades dos planos de ação climática. A conferência final, a realizar em Bruxelas, contribuirá para reforçar a importância de integrar a mitigação e a adaptação às alterações climáticas, assim como a gestão e prevenção dos riscos conexos, nas políticas sectoriais regionais, nacionais e comunitárias, e nos fundos comunitários. As atividades do projeto TRIPLE-C irão abranger aproximadamente 800 mil pessoas que beneficiam de medidas de proteção contra inundações e incêndios florestais.

O projeto TRIPLE-C tem um custo total de 1.6 milhões de euros, 75% do qual é assegurado pelo INTERREG Espaço Atlântico, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).

O INTERREG Espaço Atlântico é um programa de financiamento que promove a cooperação transnacional em 36 regiões atlânticas de cinco países europeus. Com um orçamento total de 185M€, dos quais 140M€ são FEDER, o Programa cofinancia projetos de cooperação nos domínios da Inovação & Competitividade, Eficiência dos Recursos, Gestão dos Riscos Territoriais, Biodiversidade e Património Natural e Cultural.
Cristina Pinto

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