O Presidente da República defendeu hoje que Portugal foi escolhido para receber a fase final da Liga dos Campeões pelos seus méritos e pela transparência no combate à pandemia de covid-19, sem forjar números.
Marcelo Rebelo de Sousa falava numa cerimónia nos jardins do Palácio de Belém, em Lisboa, em que discursaram também o primeiro-ministro, António Costa, o presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, e o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina.
O chefe de Estado justificou a realização desta cerimónia, no dia em que a UEFA, união das federações europeias de futebol, anunciou que a fase final da Liga dos Campeões 2019/2020 se irá realizar em Lisboa, entre 12 e 23 de agosto, considerando que "este é um caso único e irrepetível" e que "não tem preço", numa altura em que "todos os países disputam o regresso ao turismo internacional".
"E aqui, já disse o senhor primeiro-ministro, António Costa, mas eu queria reforçar, Portugal tem autoridade moral, pela forma como conduzimos o combate à pandemia, mas agora pela forma transparente como continuamos a combater a pandemia. E digo transparente porque não escondemos a nossa vontade de testar e testar mais, porque não escondemos que esse testar mais significa determinados valores", afirmou.
Segundo o Presidente da República, Portugal é recompensado pela "situação notável que se verifica no Serviço Nacional de Saúde (SNS) em termos de internamentos, e de internamentos em cuidados intensivos" e pela forma como prossegue o combate à covid-19 "sem forjar números, mantendo a transparência".
"Nós mostramos tudo isto ao mundo. Não paramos o vírus de um dia para o outro como se ele não existisse. Não paramos a epidemia de um dia para o outro, como se ela estancasse - isso não existe, mas não existe em nenhum país do mundo", acrescentou, concluindo: "Portanto, Portugal vence pelos seus méritos passados e pela sua transparência presente, ou seja, pelo mérito do SNS, dos profissionais de saúde e dos portugueses".
Marcelo Rebelo de Sousa elogiou em particular o presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, dizendo-lhe que esta "é uma vitória pessoal" sua, e salientou também "o entusiasmo com que o senhor primeiro-ministro e a sua estrutura governamental acompanharam esta campanha".
"Os portugueses merecem o que vão ter em agosto e é um orgulho para o Presidente da República Portuguesa ser testemunha de mais este triunfo de Portugal, em tempo devido, isto é, antes do termo do mandato", declarou.
Lusa
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