Não
pode deixar-nos tranquilos saber que o
nosso vizinho regista 10 mil casos de COVID-19 por dia. Espanha
é o nosso maior parceiro comercial. Cerca de um quarta das nossas
exportações.
Os
nossos maiores parceiros comerciais são os mais fortes países
europeus. Sem estes, a nossa
economia afunda-se. E estes não estão bem nesta
pandemia. Afeta-nos.
Veja-se
o turismo.
A cada semana ansiamos que os britânicos não nos coloquem na lista
negra. O turismo inglês representa uma boa fatia
dos 25 milhões que nos visitam por ano.
Somos
muito (completamente...) dependentes
dos nossos parceiros europeus. São os nossos
melhores clientes, os nossos fornecedores, os nossos turistas. Se
a Europa constipar, ficamos gripados.
Por
cá, tomam-se novas medidas para enfrentar o inverno. Receia-se uma
nova vaga. O país não
volta a “parar”. Não pode. Mas, tem que se
aplaudir todas as medidas possíveis para evitar contágio.
Lembramos
Ferro Rodrigues, presidente da Assembleia da República, numa
conferência recente: “parece
que não aprendemos com a primeira vaga: os utentes de lares deviam
ser todos testados”.
A
primeira vaga apanhou-nos completamente desprevenidos. Numa nova vaga
estamos melhor preparados. Dependemos da atitude
responsável de cada cidadão e da competência das autoridades de
saúde e do governo. Mão firme. Com uma gestão da crise que permita
não cortar rendimentos às famílias. Mas
que nos volte a colocar como exemplo europeu.
EDUARDO
COSTA, Jornalista, presidente da Associação Nacional da Imprensa
Regional
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