O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, foi ontem o visitante cinco milhões do complexo dos Clérigos, no Porto, onde aproveitou para lembrar que é possível conjugar a cultura com a defesa da vida e da saúde.
Falando numa “presença simbólica”, o Chefe de Estado quis mostrar que, em tempo de pandemia, é possível compatibilizar, por um lado, a defesa da vida e da saúde e, por outro, a preocupação com a afirmação da vida social e económica do país.
A Torre e a Igreja dos Clérigos reabriram ao público a 12 de dezembro de 2014, depois de um ano de obras de requalificação, altura a partir da qual se refere esta contagem de visitantes.
“É possível não parar Portugal e, ao momento tempo, garantir a vida e a saúde”, vincou.
O Chefe de Estado assumiu que esta conjugação é um “equilíbrio difícil”, mas possível se se respeitar as regras sanitárias.
Por isso, pediu aos portugueses para olharem para o futuro com esperança, recordando as lições do presente e não esquecendo as raízes do passado.
Por seu lado, o presidente da Irmandade dos Clérigos, padre Manuel Fernando, disse que depois do confinamento os portugueses foram a “grande alavanca” do turismo no país.
A título de exemplo, o sacerdote revelou que, antes da pandemia, o número de turistas portugueses a visitar os Clérigos era cerca de 15%, aumentando agora para os 30%.
Este é o momento de “anunciar a boa nova” e dos portugueses se mobilizarem e visitarem o país, não se deixando dominar pelas “fragilidades” da pandemia, considerou.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 971.677 mortos e mais de 31,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.928 pessoas dos 70.465 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Lusa / Madremedia
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