A França ultrapassou hoje a barreira das 36 mil mortes associadas à covid-19, na véspera da entrada em vigor de um novo confinamento à escala nacional decretado pelo Governo para tentar travar a propagação do novo coronavírus.
Desde o início da crise pandémica, 36.020 pessoas morreram no território francês por causa da doença covid-19, incluindo 250 nas últimas 24 horas, segundo os dados fornecidos pela Agência de Saúde Pública francesa.
Nas últimas 24 horas, o país registou 47.637 novos casos da doença covid-19, elevando o número total de infetados para 1.282.769.
O índice de positividade nos testes de diagnóstico está agora nos 19,4%, mais do que os 18,6% indicados no dia anterior e bastante mais do que os 4,5% registados no início de setembro, indicou a mesma entidade no seu portal 'online'.
Nos hospitais franceses, 15.786 pessoas foram internadas devido ao novo coronavírus nos últimos sete dias, das quais 2.278 encontram-se em unidades de cuidados intensivos.
Só nas últimas 24 horas, 102 novos pacientes foram admitidos em unidades de cuidados intensivos, segundo refere a agência France Presse (AFP).
O número de camas nas unidades francesas de cuidados intensivos foi aumentado de 5.100 para 5.800 após a primeira vaga da pandemia, tendo sido ampliado para 6.400 no início desta semana.
Segundo o ministro da Saúde francês, Olivier Véran, as camas nos serviços intensivos deverão ultrapassar em breve as 7.000.
"Quase 9.000 doentes estarão em unidades de tratamento intensivo em meados de novembro", anteviu na quarta-feira à noite o Presidente francês, Emmanuel Macron.
As autoridades de saúde francesas acrescentaram hoje que existem 2.448 fontes ativas de contágio sob investigação.
Entre os surtos ativos em investigação, 649 deles são em lares e residências seniores.
Dos 101 departamentos do país, 96 estão em situação de alta vulnerabilidade.
Perante o agravamento de todos os indicadores relacionados com a pandemia, Emmanuel Macron anunciou na quarta-feira que o país ia regressar a um novo confinamento à escala nacional.
Segundo o Presidente francês, que falou num discurso transmitido pela televisão, é necessária uma "travagem brutal nos contágios" para evitar o colapso dos hospitais.
O novo confinamento, que vigorará pelo menos até 01 de dezembro, começa na sexta-feira, mas as escolas permanecerão, para já, abertas.
As novas medidas em França preveem o encerramento de bares e restaurantes durante o período do novo confinamento.
Lusa
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