No primeiro mês deste ano morreram quase 20 mil portugueses. O covid-19 levou 5.875 vidas.
O frio explica uma em quatro mortes no mês de janeiro. Dizem os especialistas
que “o frio tende a agravar vários tipos de doenças”. No curso natural de uma infeção, “o frio agrava a situação do doente”. A questão da transmissibilidade também é posta em cima da mesa, já que “o frio “potencia” o contágio, deixa as mucosas nasais mais permissíveis à infeção e a velocidade a que se deslocam as gotículas também é maior”.
Portanto, é recomendável que as nossas casas tenham um bom aquecimento.
Aqui surge um obstáculo: o elevado preço da luz e do gás. Temos dos mais altos preços de eletricidade da Europa. Muito devido aos impostos, os mais altos da Eurolândia, mais de metade da conta que se paga a cada mês. Também nos preços do gás Portugal está no pódio dos preços altos, e logo no primeiro lugar, em termos de paridade do poder de compra (dados de 2018).
Entretanto, fomos dos quatro primeiros países da UE a eliminar o carvão na produção de energia (em novembro do ano passado). Tínhamos até 2030 para o fazer. Só fomos acompanhados por três (ricos) países europeus (Suécia, Bélgica e Áustria). Agora, importamos eletricidade que é produzida a carvão! Contraditório. Quisemos ficar bem na fotografia. O que seria bonito se os impostos tivessem, entretanto, reduzido e os cidadãos com menor poder de compra pudessem aquecer as suas casas. Salvando vidas!
EDUARDO COSTA, jornalista, presidente da Associação Nacional da Imprensa Regional
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