“Tem 93 anos!” A empregada, que trabalhava naquele estabelecimento há 38 anos, pormenorizou. “É ele quem faz as compras, trata das contas e do fabrico!”
O homem atendia ao balcão com celeridade motivadora e bem disposto. Aquela loja vendia amêndoas e outras guloseimas. Fabrico caseiro. “Quando não havia supermercados as pessoas faziam fila nesta época!” Mesmo assim o estabelecimento estava com bastante movimento. “São 60 anos, que nos deram fama e cá vêm avós a comprar as guloseimas para os netos há décadas!”
O exemplo daquele homem é isso mesmo: um exemplo! Diz-se que a pessoa definha quando pára! Aquilo que pode significar uma nova vida de relaxamento, sem preocupações, muitas das vezes significa a quebra de um ritmo que a mantém ativa. “A vida sedentária compromete a autoestima do idoso e favorece o seu isolamento. Com isso, a chance de desenvolvimento de depressão é maior”. O resultado deste estudo aconselha as pessoas a não parar a atividade, Diminuir não significa parar. “Manter as atividades que já estão acostumadas as fazer”, recomenda outro estudo. Manter p cérebro a funcionar e o corpo a mexer pode acontecer mantendo a atividade “que faça com ue se achem úteis”. Sentir-se útil, mexer o corpo, manter as rotinas, exercitar o cérebro. Parece ser ingredientes para uma longevidade saudável.
Este comerciante de 93 anos, especialista em amêndoas foi o bom exemplo de tudo isso que encontrei nesta Páscoa. O seu frenesim acompanhava qualquer jovem! Exemplos que nos fazem refletir.
EDUARDO COSTA, jornalista, presidente da Associação Nacional
da Imprensa Regional
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