Nascimentos aumentam no 1.º trimestre com mais 1.402 bébes face a 2021
O número de nascimentos em Portugal recuperou no primeiro trimestre deste ano, quando foram rastreados 19.628 recém-nascidos, mais 1.402 do que no mesmo período do ano passado, segundo dados obtidos no âmbito do Programa Nacional de Rastreio Neonatal (PNRN), coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através da Unidade de Rastreio Neonatal, Metabolismo e Genética do seu Departamento de Genética Humana.
De acordo com os dados do PNRN relativos aos primeiros três meses de 2022, observa-se que o maior número de bebés rastreados nasceram nos distritos de Lisboa e do Porto, com 5.774 e 3.617 testes efetuados, respetivamente, seguidos de Setúbal, com 1.546, e Braga, com 1.479. Por outro lado, Bragança (132), Guarda (135), Portalegre (147) e Vila Real (220) foram os distritos com menos recém-nascidos estudados.
O PNRN realiza, desde 1979, testes de rastreio de algumas doenças graves, em todos os recém-nascidos, o chamado “teste do pezinho”. Este exame é efetuado através da recolha de umas gotículas de sangue no pé da criança e permite diagnosticar algumas doenças graves que clinicamente são muito difíceis de diagnosticar nas primeiras semanas de vida e que mais tarde podem provocar atraso mental, alterações neurológicas graves, alterações hepáticas ou até situações de coma.
O exame deve ser realizado entre o terceiro e o sexto dia de vida do recém-nascido, porque antes do terceiro dia os valores dos marcadores existentes do sangue do bebé podem não ter valor diagnóstico e após o sexto dia alguns marcadores perdem sensibilidade, havendo o risco de atrasar o início do tratamento. Todos os casos positivos são posteriormente encaminhados para a rede de Centros de Tratamento, sediados em instituições hospitalares de referência, contribuindo para a prevenção de doenças e ganhos em saúde.
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