Portugal regista mais bebés nascidos entre janeiro e setembro de 2022.
Nos primeiros nove meses de 2022, foram estudados 62.001 recém-nascidos no âmbito do Programa Nacional de Rastreio Neonatal (PNRN), coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através da Unidade de Rastreio Neonatal, Metabolismo e Genética do seu Departamento de Genética Humana. Comparando com igual período do ano passado, realizaram-se mais 3.037 “testes do pezinho” (58.964).
De acordo com os dados do PNRN relativos aos primeiros nove meses de 2022, observa-se que o maior número de bebés rastreados nasceram nos distritos de Lisboa e do Porto, com 18.440 e 11.386 testes efetuados, respetivamente, seguidos de Setúbal, com 4.754, e Braga, com 4.717. Por outro lado, Bragança (436), Portalegre (446), Guarda (469) e Castelo Branco (725) foram os distritos com menos recém-nascidos estudados.
O PNRN realiza, desde 1979, testes de rastreio de algumas doenças graves, em todos os recém-nascidos, o chamado “teste do pezinho”. Este exame é efetuado através da recolha de umas gotículas de sangue no pé da criança e permite diagnosticar algumas doenças graves que clinicamente são muito difíceis de diagnosticar nas primeiras semanas de vida e que mais tarde podem provocar atraso mental, alterações neurológicas graves, alterações hepáticas ou até situações de coma.
O exame deve ser realizado entre o terceiro e o sexto dia de vida do recém-nascido, porque antes do terceiro dia os valores dos marcadores existentes do sangue do bebé podem não ter valor diagnóstico e após o sexto dia alguns marcadores perdem sensibilidade, havendo o risco de atrasar o início do tratamento. Todos os casos positivos são posteriormente encaminhados para a rede de Centros de Tratamento, sediados em instituições hospitalares de referência, contribuindo para a prevenção de doenças e ganhos em saúde.
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