Juiz determinou a medida de coação de apresentações quinzenais às autoridades e proibição de contacto com a vítima.
O padre de Foz Côa, suspeito de abusar de homem com incapacidades, vai ficar a aguardar o desenrolar do processo em liberdade, decidiu esta sexta-feira o Tribunal de Matosinhos.
O sacerdote foi ouvido por um juiz, que determinou a medida de coação de apresentações quinzenais às autoridades, avança o Jornal de Notícias.
O padre fica também proibido de contactar a alegada vítima, um homem de 44 anos.
A Polícia Judiciária (PJ) deteve, na quinta-feira, na zona de Foz Côa, um padre de 63 anos suspeito dos "crimes de tráfico de pessoas e abuso sexual de pessoa incapaz de resistência".
Em comunicado, a Judiciária explica que o detido é tutor da vítima desde 2017, tendo-a "acolhido na sua residência, oferecendo-lhe trabalho, em troca de alojamento e alimentação, sem qualquer outro pagamento".
"Aproveitando-se das incapacidades psíquicas e da especial vulnerabilidade da vítima", o arguido terá depois exigido serviços sexuais, fechando a vítima em casa e impedindo-a de contactar com o exterior "quando recusava aceder aos seus propósitos".
O caso estava a ser investigado há cerca de um mês, na sequência de uma denúncia às autoridades.
Contactada pela Renascença, a Diocese de Lamego diz que a notícia da detenção do sacerdote caiu como "uma bomba", surpreendendo todos.
O padre Amadeu Castro, coordenador da Comissão Diocesana de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis, garante que nunca tiveram conhecimento do caso, nem receberam qualquer denúncia, "nem nós, nem o senhor bispo”.
Ricardo Vieira / RR
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