A Assembleia Municipal de Águeda aprovou, na quarta-feira à noite, por maioria, as propostas de desagregação das Uniões de Freguesias (UF) de Barrô e Aguada de Baixo e de Águeda e Borralha em unidades territoriais autónomas, devolvendo-se a autonomia administrativa às Freguesias de Águeda, Boralha, Barrô e Aguada de Baixo.
As propostas de desagregação foram previamente aprovadas em reuniões extraordinárias de Assembleia de Freguesia das duas UF referidas e depois contaram com o parecer favorável por parte do Executivo Municipal.
Segundo a proposta apresentada pelas Assembleias de Freguesias, é salientado o cumprimento dos critérios definidos para as desagregações, onde estão descritos ainda os constrangimentos associados à tramitação do processo de criação das UF, no que consideram ter sido um “erro legislativo” que causou “relevantes prejuízos às suas populações”. Esta decisão expressa, assim, a vontade popular pela reposição do modelo de delimitação territorial existente antes da reforma da Administração Local de 2012.
Jorge Almeida, Presidente da Câmara de Águeda, salientou, na reunião da Assembleia Municipal, que a posição da Câmara Municipal é de “profundo respeito pela decisão dos órgãos das freguesias” e à qual corresponde “o sentir das populações”. Estas duas propostas “tiveram naturalmente o nosso apoio por representarem exatamente isso”, sublinhou.
A propósito da proposta de desagregação da UF de Águeda e Borralha, Nuno Cardoso, presidente da UF, disse compreender a população, principalmente da Borralha, pelo “sentimento de perda”, nomeadamente de identidade que não foi superada ao longo dos últimos anos e que procurou estar próximo de todos neste seu primeiro ano de mandato. Para o autarca, neste processo de desagregação o importante era garantir que “Águeda não sairia prejudicada” e que manteria o seu estatuto de grande freguesia. “Até ao último dia da nossa União de Freguesias vou defendê-la como tal, continuando a trabalhar com afinco por tudo e por todos”, declarou.
Ana Sofia Pinheiro
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