quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

A masculinidade tóxica ao volante pode ser tão perigosa como drogas, velocidade e fadiga

Um organismo de segurança rodoviária francês apontou pela primeira vez para a masculinidade tóxica ao volante como tão prejudicial para acidentes rodoviários como a velocidade, o álcool, as drogas e a fadiga.
Uma campanha de conscientização, da Sécurité Routière, para a segurança no trânsito em França, alertou pela primeira vez para a masculinidade tóxica como possivelmente tão determinante para as mortes no trânsito, como a velocidade, o álcool, as drogas e a fadiga.
O vídeo da campanha utiliza imagens do realizador Rémi Bezançon, com cenas de parto e de maternidade que representam os primeiros momentos dos pais com os filhos. A campanha contrasta, assim, a sensibilidade e carinho dos homens, com a imagem estereotipada de virilidade machista.
"É urgente, no domínio da condução, libertar os homens das expectativas sociais que os encorajam a associar a virilidade com tomar riscos", revelou o organismo de segurança rodoviária francês Sécurité Routière. "Velocidade, álcool, drogas, fadiga... e se tivermos de adicionar masculinidade?".
As estatísticas fornecidas pelo organismo francês revelam que, em França, "78% das pessoas mortas na estrada em 2022 são homens", que "88% dos condutores jovens mortos são homens", que "84% dos suspeitos oficiais de acidentes fatais são homens" e que "93% dos condutores alcoolizados envolvidos num acidente são homens".
Esta campanha está visível a partir de 8 de fevereiro na televisão, no digital e nos cinemas, procurando encorajar os homens a resistir à pressão social. "Não precisas de seguir o que as pessoas esperam de um homem", diz o pai ao filho bebé no vídeo da campanha.

Madremedia

Nenhum comentário:

Postar um comentário