quarta-feira, 26 de abril de 2023

Sociedades mais saudáveis

 Secretária de Estado da Promoção da Saúde encerrou encontro com a diretora do ECDC, Andrea Ammon
“A saúde pública evoluiu para se tornar uma área crucial nas nossas vidas. Precisamos, mais do que nunca, de uma abordagem de saúde pública forte e inovadora para alcançar sociedades mais prósperas e saudáveis”. Palavras da Secretária de Estado da Promoção da Saúde no encerramento  da sessão “Saúde pública: desafios atuais e inovações”, um encontro com a diretora do ECDC, Andrea Ammon, organizado pela Direção Geral da Saúde, que teve lugar no dia 20 de abril no Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa.
Margarida Tavares destacou a nova centralidade dada à saúde pública com a resposta à pandemia e desafios atuais como o impacto de fatores ambientais na saúde. “As alterações climáticas e a degradação ambiental têm efeitos negativos sobre a nossa saúde e bem-estar. Precisamos de trabalhar juntos para reduzir a nossa pegada de carbono, promover práticas sustentáveis e defender políticas que priorizem a saúde pública, ambientes e cidades saudáveis”, afirmou.
No encontro, que teve lugar no dia em que foi publicado em Diário da República o despacho que mandata uma comissão para Elaboração da Proposta de Organização e Funcionamento dos Serviços de Saúde Pública, Margarida Tavares defendeu que a reorganização destes serviços é fundamental para que a saúde pública possa cumprir a sua missão.
“Não podemos continuar a aceitar que os mais pobres e vulneráveis sejam os mais afetados por incapacidade, cancro, diabetes ou doenças cardiovasculares”, afirmou Margarida Tavares. “Precisamos de priorizar a prevenção e a deteção precoce, precisamos de envolver as pessoas e as comunidades para criar ambientes que favoreçam as escolhas e exposições propícias a manter e aumentar o capital de saúde, além de aumentar o acesso a cuidados de saúde de qualidade para todos.”
A Secretária de Estado da Promoção da Saúde referiu ainda a necessidade de dados robustos para melhorar a capacidade de intervenção, que deve ir além das doenças infeciosas e de ferramentas preditivas, atuando, a montante, sobre os determinantes de saúde e numa promoção da saúde que previna as doenças crónicas não transmissíveis “que representam bem mais de dois terços da carga de doenças nas nossas sociedades”.
“Façamo-lo com coragem e frontalidade, sem as habituais duplicações de tarefas e ambiguidades de funções, mas sim com uma definição e repartição clara de papéis e responsabilidades, sem competição entre instituições e profissionais, mas sim fomentando a colaboração intra e interinstitucional, potenciando a complementaridade e as sinergias”, afirmou.

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