Cabe ao Estado, diga-se contribuintes, salvar o Banif. Para garantir que ninguém fica isento de responsabilidades, as atas do Conselho de Administração do Banco de Portugal (BdP) declararam que os gestores não só têm as contas congeladas como irão perder milhares de euros em ações e obrigações que tinham no banco agora falido.
Um deles é o próprio administrador do BdP António Varela, que tinha depositado no Banif cerca de 50 mil euros em obrigações subordinadas do banco. Mas o semanário SOL adianta que estas não vão ser pagas.
Na ata, ficou então concluído que o desbloqueamento das contas dos antigos gestores só se realizará “se ficar demonstrado que as referidas pessoas, entidades ou membros dos órgãos de administração não estiveram, por ação ou omissão, na origem das dificuldades financeiras do Banif e que não contribuíram, por ação ou omissão, para o agravamento de tal situação”.
Com a resolução adotada, todos os elementos da equipa de Jorge Tomé, presidente do Banif, ficam inibidos de utilizar os depósitos que tinham no banco.
Entre eles está Luís Amado, presidente do Conselho de Administração. A ele juntam-se a filha do fundador do Banif, Teresa Roque; e Carlos Varela, nomeado para gerir o banco entre 2013 e 2014.
A isto somam-se os restantes acionistas e detentores de obrigações subordinadas, que com a medida de resolução perdem todo o dinheiro aplicado no banco em títulos de dívida recebidos em caso de falência.
Fonte: noticiasaominuto
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