Na primeira mensagem de Natal, como primeiro-ministro, António Costa diz acreditar numa "plataforma comum" que através de "diálogo, transparência e compromisso" alcance o "triplo desígnio" de "mais crescimento, melhor emprego e maior igualdade".
António Costa surge, de pé, ao lado de uma árvore de Natal e logo nas primeiras palavras demarca-se do anterior governo, quando, por três vezes, pronuncia a palavra "mudança".
O primeiro-ministro afirma que 2015 foi um ano marcado pelas "consequências da austeridade" mas também foi "um ano de mudança". E confia que "num tempo novo" será possível "virar a página da austeridade e colocar Portugal no caminho do crescimento."
Nesse "tempo novo" referido por António Costa assume importância central "uma plataforma comum", numa alusão às negociações com a esquerda parlamentar que viabilizaram o atual executivo. Costa diz acreditar que "pelo diálogo, pela transparência e pelo compromisso" será possível alcançar o "triplo desígnio" de ter, em Portugal, "mais crescimento, melhor emprego e maior igualdade". Adiante, o chefe do governo reforça a necessidade de um "espírito de comunhão, serenidade e esperança" para abrir um caminho que, admite, "não será fácil" mas que acredita será possível "superar."
A mensagem natalícia do primeiro-ministro que pretende ser de "confiança num futuro melhor - para todos os portugueses, de todas as gerações", inclui referências à comunidade emigrante, a quem António Costa promete o empenho na criação de condições "para que possam querer regressar (...) tão rapidamente quanto possível".
O chefe de governo saúda ainda as Forças Armadas e de Segurança, assim como os jovens envolvidos em operações humanitárias e aos refugiados diz que "todos são bem-vindos e a todos acolheremos de igual modo, garantindo que lutará para que Portugal continue a ser um país com "uma capacidade de acolhimento e integração de estrangeiros".
Num olhar para o ano de 2016, António Costa sublinha que se assinalam , em simultâneo, "os 40 anos da Constituição da República Portuguesa, os 30 anos da adesão de Portugal à então CEE (Comunidade Económica Europeia) e os 20 anos da fundação da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa)" e sublinha que essas três datas são o momento para que se reafirme " A identidade democrática expressa na Constituição; a identidade de um país que pretende defender o futuro do projeto europeu e o seu ideal de prosperidade; e de um país que valoriza e promove a comunidade de cidadãos que partilham a nossa língua, a língua portuguesa".
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