Enquanto dormia
Um terramoto intenso atingiu a costa espanhola, nomeadamente a Andaluzia. O El Pais diz que não há vítimas, mas há danos materiais.
Ainda em Espanha, o terramoto político continua. Sem o apoio do Cuidadanos, o líder do PSOE esteve ontem 20 minutos ao telefone com o homem forte do Podemos. Rezam as crónicas que não correu bem. Rajoy, entretanto, quer propor um "grande pacto" os socialistas. Aqui está a síntese.
O ISIS mostrou um vídeo com os autores dos atentados de Paris. O objetivo: ameaçar todos os países da "coligação", incluindo a Grã-Bretanha.
O Porto ganhou na estreia de Peseiro - mas reza a crónica do Diogo Pombo que "os dragões foram lentos, tímidos no risco e tudo o que fizeram foi assim-assim". Jogando bem fica mais fácil. Assim, não. Ah! E há problemas adicionais para os portistas: na Luz, vingou a regra dos três simples; e em Paços de Ferreira percebeu-se que, se não é líder quem quer, o Sporting quer muito.
As presidenciais
Junte-se a isto, mais uma pitada de instabilidade interna. É que a divisão do PS, e a derrota para Marcelo, deixaram o partido nervoso. Houve quem dissesse que "não se aprende com os erros", também que é preciso "refletir". A noite socialista foi assim.
E foi assim porque Sampaio da Nóvoa não passou do milhão de votos (Foi bonito, pá. Mas não não chegou, conta o João Pedro Pincha na crónica da noite). E porque Maria de Belém nem 200 mil conseguiu (A hecatombe no fim de um caminho "difícil", como escreve o Miguel Santos).
Não foi, porém, a única derrota da noite. A mais clara foi até a do PCP. E Jerónimo que disse? Que não quis “uma candidata assim mais engraçadinha” para ter mais votos. Como perceberá pela minha crónica (A política, D.M. - Depois de Marcelo), podem vir aí tempos interessantes na Soeiro Pereira Gomes - e não só.
A candidata "engraçadinha" (vai linda a coabitação PCP/BE, vai mesmo) era Marisa Matias, a autora do melhor resultado de sempre do Bloco em presidenciais. “As sementes desta campanha darão frutos”, disse ela ontem. Mas pode um partido de esquerda celebrar quando Marcelo venceu à primeira? Reflexões precisam-se, resume a Sara Otto Coelho, que esteve lá.
No meio da lista ficou o fenómeno Tino. E nós, respeitando os seus 150 mil votos, registámos as frases inesquecíveis que levaram Tino aos 3,3%.
Chegado aqui, há algumas leituras que lhe recomendo vivamente.
Um terramoto intenso atingiu a costa espanhola, nomeadamente a Andaluzia. O El Pais diz que não há vítimas, mas há danos materiais.
Ainda em Espanha, o terramoto político continua. Sem o apoio do Cuidadanos, o líder do PSOE esteve ontem 20 minutos ao telefone com o homem forte do Podemos. Rezam as crónicas que não correu bem. Rajoy, entretanto, quer propor um "grande pacto" os socialistas. Aqui está a síntese.
O ISIS mostrou um vídeo com os autores dos atentados de Paris. O objetivo: ameaçar todos os países da "coligação", incluindo a Grã-Bretanha.
O Porto ganhou na estreia de Peseiro - mas reza a crónica do Diogo Pombo que "os dragões foram lentos, tímidos no risco e tudo o que fizeram foi assim-assim". Jogando bem fica mais fácil. Assim, não. Ah! E há problemas adicionais para os portistas: na Luz, vingou a regra dos três simples; e em Paços de Ferreira percebeu-se que, se não é líder quem quer, o Sporting quer muito.
As presidenciais
"É o povo quem mais ordena" - e o povo quis Marcelo. Anoite eleitoral foi curta, mas cheia de emoções, e deu vitória à primeira volta. Com 52% dos votos, o Presidente eleito falou para o novo Governo: garantiu que será cooperante, mas "atuante", e pediu que não se ponha em causa a estabilidade financeira pela qual "tantos portugueses se sacrificaram". O discurso com o caderno de encargos está aqui. E os primeiros 12 desafios do novo chefe de Estado neste link.
Marcelo e Costa. Virá aí uma coabitação tranquila? A pergunta que todos fazem foi o mote da Liliana Valente ontem à noite. Ela ouviu o que disse o primeiro-ministro, anotou ainda os recados do Largo do Rato. E cruzou tudo com o que se passou na campanha. Convém ler o texto, para saber o que aí virá. (A par deste outro, onde se lê como PSD e CDS clamaram vitória).
Marcelo e Costa. Virá aí uma coabitação tranquila? A pergunta que todos fazem foi o mote da Liliana Valente ontem à noite. Ela ouviu o que disse o primeiro-ministro, anotou ainda os recados do Largo do Rato. E cruzou tudo com o que se passou na campanha. Convém ler o texto, para saber o que aí virá. (A par deste outro, onde se lê como PSD e CDS clamaram vitória).
Junte-se a isto, mais uma pitada de instabilidade interna. É que a divisão do PS, e a derrota para Marcelo, deixaram o partido nervoso. Houve quem dissesse que "não se aprende com os erros", também que é preciso "refletir". A noite socialista foi assim.
E foi assim porque Sampaio da Nóvoa não passou do milhão de votos (Foi bonito, pá. Mas não não chegou, conta o João Pedro Pincha na crónica da noite). E porque Maria de Belém nem 200 mil conseguiu (A hecatombe no fim de um caminho "difícil", como escreve o Miguel Santos).
Não foi, porém, a única derrota da noite. A mais clara foi até a do PCP. E Jerónimo que disse? Que não quis “uma candidata assim mais engraçadinha” para ter mais votos. Como perceberá pela minha crónica (A política, D.M. - Depois de Marcelo), podem vir aí tempos interessantes na Soeiro Pereira Gomes - e não só.
A candidata "engraçadinha" (vai linda a coabitação PCP/BE, vai mesmo) era Marisa Matias, a autora do melhor resultado de sempre do Bloco em presidenciais. “As sementes desta campanha darão frutos”, disse ela ontem. Mas pode um partido de esquerda celebrar quando Marcelo venceu à primeira? Reflexões precisam-se, resume a Sara Otto Coelho, que esteve lá.
No meio da lista ficou o fenómeno Tino. E nós, respeitando os seus 150 mil votos, registámos as frases inesquecíveis que levaram Tino aos 3,3%.
Chegado aqui, há algumas leituras que lhe recomendo vivamente.
- 9 coisas que deve saber para poder discutir estas eleições, onde a equipa de política do Observador fez as contas aos números absolutos de votos, comparou com outras eleições, e tiram a limpo os fatos que saíram destas presidenciais - por comparação às anteriores e às legislativas.
- 8 análises sobre estas eleições presidenciais, onde o Rui Ramos, Miguel Pinheiro, Paulo Ferreira, Carlos Gaspar, Aguiar-Conraria, Helena Matos, Nuno Garoupa (e eu também) comentamos os resultados eleitorais. E agora, Marcelo Rebelo de Sousa?
- Resultados à lupa - e comparados com as legislativas. Os mapas são bonitos e fáceis de ler, cruzando dados com as últimas presidenciais e as legislativas de setembro. Um trabalho excelente da nossa equipa técnica, cheia de bons jornalistas.
- A título de notícia, saiba como o Estado poupou dinheiro com os resultados - e porque Maria de Belém e Edgar nem têm direito a subvenção.
- E a título de leitura histórica, um Especial que eu próprio escrevi. Presidentes de todos os portugueses. A sério?Vejam como foi - e adivinhem como será.
OE 2016. Costa diz que negociou “intensivamente” com a Comissão. O primeiro-ministro garantiu ao Financial Times que houve "semanas de conversas intensivas" com a Comissão, para negociar o draft de OE. Garante que está tudo ok com Bloco e PCP. E mostra o documento como prova de que se pode reverter a austeridade responsavelmente. Eis a síntese da entrevista.
O Orçamento, na prática, passa por um aumento de impostos sobre o consumo - especialmente sobre o petróleo. Imagino que já conheça as linhas gerais, caso contrário basta carregar aqui.
A Oi respondeu a Isabel dos Santos: “Oferta da Unitel para compra do BFA é inválida”, disse a empresa numa resposta ao comunicado da Unitel. É caso para dizer que a guerra está para lavar e durar com um pedido de indemnização da Oi no valor de 1,8 mil milhões de euros pelo meio, anota o Luís Rosa.
A empresa parceira do ex-sócio de Miguel Macedo está a ser investigada por corrupção em Espanha. A informação das autoridades espanholas chegou um dia antes da acusação dos Vistos Gold.
As taxas moderadoras vão baixar até dois euros. E a nova tabela entra em vigor em abril.
O Governo quer reduzir o preço dos manuais escolares em setembro. As negociações com as editoras estão em curso, diz o Económico.
O The Lisbon MBA é o único português no ranking do Financial Times. É o 15º melhor da Europa e o 40º melhor do mundo.
Os nossos Especiais
Quando não havia Presidentes: os 7 reis mais influentes da História de Portugal. Não fizeram campanha, não pediram votos, não foram eleitos - e, em vez de uma máquina partidária, tinham uma espada. O João Ferreira faz a lista dos monarcas que marcaram a história.
Quatro meses depois de chegar à Alemanha, Issam desespera: “Já não consigo aguentar isto”. O João de Almeida Dias conheceu Issam em setembro na Sérvia. Chegou à Alemanha poucos dias depois, com a esperança de uma vida em paz. Vive numa casa com 50 homens e espera. Hoje, já pondera voltar para trás.
James Rodríguez. O menino que está deixar de ser bonito e ninguém sabe porquê. Antes era decisivo, golos e assistências a saírem-lhe do pé esquerdo. Mas James Rodríguez murchou. Lesão, discotecas, fuga da polícia e poucos minutos, tudo lhe acontece. Até Zidane se chateou com ele. O Diogo Pombo conta a história.
Não foram a votos, mas estão eleitas: as residenciais 2016. No dia de reflexão, deixámos cair o "p" e mostrámos 10 residenciais - tantas como os candidatos que disputaram eleições este domingo - onde se pode dormir de norte a sul do país. A Raquel Salgueira Póvoas garante que há coisas boas para todos os gostos.
Aqui também há para todos os gostos - mas o tema é outro: são 62 das imagens mais poderosas da História, uma galeria fotográfica onde estão algumas das imagens mais poderosas da História da humanidade - nossa a história mais vista nos últimos dias (tirando as presidenciais, que ontem também fizeram história). A verdade é que vivemos tempos interessantes - já o dizia a maldição chinesa.
Com tantas coisas a acontecer, com tantos momentos para registar e recordar, o mais certo é que lhe apareça a tal mensagem no telemóvel: "memória cheia". Contando com isso, pensando em si, preparámos-lhe o guia que deve seguir para libertar mais memória (e não, não é em sentido figurado).
É assim que chegamos a segunda-feira, na convicção de que terminou o ciclo eleitoral mais longo das últimas décadas. Quer isto dizer que tudo vai acalmar? O melhor é ficarmos atentos. Será essa a nossa maior missão daqui para a frente. Conte connosco, vá passando por cá. Em qualquer dos casos, há sempre boa informação para dar - e uns sorrisos para distribuir.
Tenha um dia produtivo, tenha um dia feliz.
Até já!
Até já!
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