1. SITUAÇÃO
Situação Meteorológica: No seguimento do contacto com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), realizado hoje no Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS) da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), e de acordo com a informação meteorológica hoje atualizada, salienta-se para os próximos dias um agravamento das condições meteorológicas, com especial incidência para as regiões a norte do rio Tejo e, em particular, no Minho e Douro Litoral, com a ocorrência de: – Precipitação persistente, por vezes forte (10 a 20 mm/h e 40 a 60 mm em 6 horas), cujos acumulados podem ultrapassar os 200 mm entre sexta-feira e sábado; – Agitação marítima na costa ocidental com ondas de noroeste entre 4 e 5 metros de altura significativa a partir de amanhã sexta-feira e aumentando a partir da madrugada de domingo para 6 a 7 metros de altura significativa, podendo atingir uma altura máxima entre 10 e 12 metros; – Vento forte de oeste-sudoeste com rajadas da ordem de 70 km/h no litoral e terras altas; – Queda de neve acima de 1000 metros de altitude nas regiões do norte e centro, podendo ocorrer abaixo da cota de 800 metros nas regiões do norte, no domingo. Informação hidrológica relevante: – Possibilidade de inundações rápidas em zonas historicamente vulneráveis, mais prováveis nas bacias dos rios Minho, Lima, Cávado, Ave, Vouga, Douro e Mondego, não sendo de excluir situações de cheias provocadas pelo aumento de caudal das principais linhas de água; – As condições de saturação dos solos a favorecerem a possibilidade de ocorrência de deslizamentos em zonas de declive mais acentuado. Acompanhe as previsões meteorológicas emhttp://www.ipma.pt
2. EFEITOS EXPECTÁVEIS
Face à situação acima descrita, poderão ocorrer os seguintes efeitos: – Piso rodoviário escorregadio e eventual formação de lençóis de água; – Possibilidade de cheias rápidas em meio urbano, por acumulação de águas pluviais ou insuficiências dos sistemas de drenagem; – Possibilidade de inundação por transbordo de linhas de água nas zonas historicamente mais vulneráveis; – Inundações de estruturas urbanas subterrâneas com deficiências de drenagem; – Danos em estruturas montadas ou suspensas; – Possibilidade de queda de ramos ou árvores em virtude de vento mais forte; – Possíveis acidentes na orla costeira. 3. MEDIDAS PREVENTIVAS A ANPC recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, se recomenda a observação e divulgação das principais medidas de autoproteção para estas situações, nomeadamente: – Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas; – Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água e acumulação de neve nas vias; – Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas; – Proceder à colocação das correntes de neve nas viaturas, sempre que se circular nas áreas atingidas pela queda de neve; – Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas; – Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte; – Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando se possível a circulação e permanência nestes locais; – Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima; – Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança
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