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O papa
Francisco desloca-se este sábado à ilha grega de Lesbos, numa visita novamente
centrada na questão dos migrantes e refugiados, quando a Europa continua a
levantar barreias e a fechar fronteiras.
Em Lesbos,
Francisco quer expressar "a sua proximidade e a sua solidariedade"
aos migrantes e ao povo grego. Numa mensagem no final da audiência geral
semanal das quartas-feiras, na praça de São Pedro, Jorge Bergoglio falou da
breve deslocação a Lesbos, numa altura em que toda a Europa está dividida sobre
o acolhimento de migrantes e refugiados. "No próximo sábado (hoje), vou
visitar a ilha de Lesbos, por onde numerosos refugiados passaram nos últimos
meses", anunciou o papa.
"Farei a
visita com os meus irmãos, o patriarca de Constantinopla Bartolomeu e o
arcebispo de Atenas e de toda a Grécia Jerónimo II, para expressar proximidade
e solidariedade aos refugiados, aos cidadãos de Lesbos e a todo o povo grego
tão generoso no acolhimento" dos migrantes, lembrou Francisco, sublinhando
a importância ecuménica da visita.
O papa, que
falava perante cerca de 22 mil fiéis reunidos na praça, pediu que o
acompanhassem espiritualmente nesta viagem: "Peço que me acompanhem em
oração". Francisco fez do acolhimento dos refugiados e migrantes uma das
suas prioridades, pedindo à Europa que não fechasse as suas portas e aceitasse
também quem deixou os seus países para fugir à miséria e à fome. No início do
pontificado, em Julho de 2013, Jorge Bergoglio - num gesto idêntico e de grande
alcance simbólico, visitou a ilha italiana de Lampedusa (sul), outro local de
chegada de milhares de migrantes.
Esta visita a
Lesbos decorre no meio de um aceso debate entre europeus sobre a política a
adotar em relação ao fluxo de migrantes do Médio Oriente e de África, quando
alguns países ergueram já barreiras nas suas fronteiras. O presidente da
Grécia, Prokopis Pavlopoulos, vai acompanhar Francisco durante a visita a
Lesbos.
Fonte: Lusa
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