sábado, 16 de abril de 2016

Papa Francisco visita hoje a ilha grega de Lesbos para expressar solidariedade

Imagem:tvi24.iol.pt
O papa Francisco desloca-se este sábado à ilha grega de Lesbos, numa visita novamente centrada na questão dos migrantes e refugiados, quando a Europa continua a levantar barreias e a fechar fronteiras.

Em Lesbos, Francisco quer expressar "a sua proximidade e a sua solidariedade" aos migrantes e ao povo grego. Numa mensagem no final da audiência geral semanal das quartas-feiras, na praça de São Pedro, Jorge Bergoglio falou da breve deslocação a Lesbos, numa altura em que toda a Europa está dividida sobre o acolhimento de migrantes e refugiados. "No próximo sábado (hoje), vou visitar a ilha de Lesbos, por onde numerosos refugiados passaram nos últimos meses", anunciou o papa.

"Farei a visita com os meus irmãos, o patriarca de Constantinopla Bartolomeu e o arcebispo de Atenas e de toda a Grécia Jerónimo II, para expressar proximidade e solidariedade aos refugiados, aos cidadãos de Lesbos e a todo o povo grego tão generoso no acolhimento" dos migrantes, lembrou Francisco, sublinhando a importância ecuménica da visita.

O papa, que falava perante cerca de 22 mil fiéis reunidos na praça, pediu que o acompanhassem espiritualmente nesta viagem: "Peço que me acompanhem em oração". Francisco fez do acolhimento dos refugiados e migrantes uma das suas prioridades, pedindo à Europa que não fechasse as suas portas e aceitasse também quem deixou os seus países para fugir à miséria e à fome. No início do pontificado, em Julho de 2013, Jorge Bergoglio - num gesto idêntico e de grande alcance simbólico, visitou a ilha italiana de Lampedusa (sul), outro local de chegada de milhares de migrantes.

Esta visita a Lesbos decorre no meio de um aceso debate entre europeus sobre a política a adotar em relação ao fluxo de migrantes do Médio Oriente e de África, quando alguns países ergueram já barreiras nas suas fronteiras. O presidente da Grécia, Prokopis Pavlopoulos, vai acompanhar Francisco durante a visita a Lesbos.


Fonte: Lusa

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