A resolução do Banif foi tema em destaque no debate quinzenal desta sexta-feira, que contou com a presença de António Costa na Assembleia da República.
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Foi uma manhã
de debate com alguns momentos de tensão no Parlamento. A resolução do Banif e
respetivos custos para o contribuinte mereceram destaque, com os partidos de
Esquerda que garantiram apoio parlamentar ao Executivo a colocar questões a
António Costa. O primeiro-ministro, porém, nega que da Esquerda tenham surgido
críticas.
“Até agora não
ouvi crítica nenhuma. Ouvi o Bloco, o PCP, o PS e eu próprio a dizermos todos o
mesmo: a solução não passará seguramente”, disse Costa – destacando cada sílaba
da palavra seguramente –, “por pormos os contribuintes a pagar”, afirmou.
“Não vi
ninguém negar a essência do problema, fora o PSD, que está sempre em negação da
realidade”, que disse ainda que a solução para a instabilidade no sistema
financeiro português “não passa necessariamente pela criação de um ‘banco
mau’”, que juntaria ativos tóxicos de diferentes instituições financeiras.
“Há várias
fórmulas possíveis e o que o Governo está a fazer é trabalhar com as diferentes
entidades regulatórias de forma a construirmos uma solução”, afirmou à saída do
Parlamento, após o debate quinzenal em que participou.
Costa disse
ainda que este “foi um debate que correu muitíssimo bem. Numa semana em que
surgiram muitos problemas, chegamos ao final da semana com todos eles
resolvidos”, disse, referindo-se de seguida à nomeação do novo Chefe de Estado
Maior das Forças Armadas, bem com às trocas no elenco governativo, após saídas
de membros do Governo.
O
primeiro-ministro reservou mais algumas críticas ao principal partido da
oposição. “Este Governo não esconde os problemas. O primeiro passo para
resolver um problema é assumir que ele existe”, disse, sugerindo depois que
“durante quatro anos foram escondidos problemas que tiveram custos enormes”
“Depois da
‘saída limpa’ já tivemos a resolução do BES e a resolução do Banif”, ironizou,
acrescentado depois que “não podemos continuar a ter casos no nosso sistema
financeiro e há que assumir que há problema e que esses problemas devem ser
resolvidos de forma a garantir a estabilidade do sistema financeiro”, algo
“essencial” para a economia.
Fonte:noticiasaominuto
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