quinta-feira, 12 de maio de 2016

PAULO PORTAS A CAMINHO DA TVI


 
Os presidentes do CDS-PP, Paulo Portas
Os presidentes do CDS-PP, Paulo Portas
Paulo Portas deixa o Parlamento no fim do mês e estará perto de fechar um acordo com a TVI para um programa de comentário político de que será protagonista.
De acordo com o jornal i, que avança a notícia do contrato iminente com a TVI, o formato não será o modelo clássico “professor Marcelo”, em que comentaria a atualidade interpelado por um jornalista da estação.
Em março, o Diário de Notícias tinha avançado que Paulo Portas estava a negociar um programa de comentário político de autor com a SIC e a TVI, com a duração de 15 a 20 minutos, que pretendia terconvidados de “topo internacional”, ao estilo norte-americano – inspirado no Global Public Square, programa de política internacional e relações externas emitido na CNN.
A saída de Paulo Portas do Parlamento tinha sido anunciada pelo ex-presidente do CDS-PP em simultâneo com o anúncio de que abandonaria a liderança do partido, acto consumado no Congresso de março que elegeu Assunção Cristas líder do partido.
Na altura, Portas afirmou que se iria dedicar a trabalhar em empresas, tendo sido entretanto eleito vice-presidente da Câmara de Comércio e Indústria.
Os outros cargos no âmbito empresarial que deverá ocupar só devem ser anunciados depois da sua saída da Assembleia da República – que deverá concretizar-se até ao fim de maio.
Ontem, o ex-presidente do CDS-PP tinha dito que a sua saída da Assembleia da República “está por dias“, sem querer concretizar a data certa. “Tenho isso tudo combinado com a senhora presidente”, disse ontem à agência Lusa.
Com a saída de Paulo Portas, entra para o grupo parlamentar centrista Filipe Anacoreta, que já tinha assumido o mandato no início da legislatura quando Paulo Portas esteve no Governo de Pedro Passos Coelho que foi derrubado pela maioria de esquerda na Assembleia da República.
Paulo Portas liderava os centristas desde o Congresso de Braga, em 1998, apenas com um interregno de dois anos, durante a presidência de José Ribeiro e Castro (2005-2007).
Eleito deputado pela primeira vez em 1995, quando abandonou a direção do semanário “O Independente”, Portas era, até agora, o líder de um partido há mais tempo no cargo.
No entanto, a saída da liderança do CDS pode não significar uma despedida para sempre da política. O jornal i relembra que foi o próprio Portas a alimentar uma possível candidatura à Presidência da República em 2026, já sugerida por Pires de Lima e Santana Lopes.
No congresso do CDS em Gondomar, Portas brincou: “Não se preocupem com a pergunta ‘o que é que ele vai fazer daqui a dez anos’. No mundo em que nós vivemos qualquer especulação superior a seis meses é no mínimo atrevimento”.
ZAP

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