quinta-feira, 12 de maio de 2016

ESTADO GASTA 10 MILHÕES COM ESCOLAS PRIVADAS EM COIMBRA


 
A porta-voz do Bloco de Esquerda, Catarina Martins
A porta-voz do Bloco de Esquerda, Catarina Martins
A porta-voz do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, disse hoje que, em Coimbra, nove colégios privados recebem anualmente mais de 10 milhões de euros de financiamento do Estado para terem estabelecimentos de ensino ao lado de escolas públicas.
Catarina Martins, que falava aos jornalistas à margem de uma visita que efetuou esta manhã à Escola 2,3 de Taveiro, na margem esquerda do rio Mondego, salientou que “uma boa parte deles é mesmo no centro da cidade e são colégios da elite social e económica de Coimbra”.
“Em Coimbra está um bom exemplo daquilo que temos dito: defender a escola pública é tambémacabar com as rendas do Estado a colégios privados que são redundantes, não servem a rede pública, mas apenas para fazer negócio para uns poucos à conta do dinheiro que é de todos”, acusou a dirigente bloquista.
Estas declarações surgem na sequência da questão do financiamento público do ensino particular e cooperativo, que continua a dividir o Parlamento e a opinião pública.
As novas normas de matrícula definidas pelo Ministério da Educação implicam cortes no financiamento do Ensino Privado que afectam metade dos colégios financiados pelo Estado.
Em causa está o facto de o Ministério da Educação ter limitado a frequência destes colégiosparticulares por alunos da zona geográfica onde se situem e a restrição de abertura de turmas de início de ciclo.
As novas normas vão ser aplicadas já a partir do próximo ano lectivo.
Dez estabelecimentos de ensino privado anunciaram a intenção de entregar providências cautelarescontra o Estado para tentar travar a decisão do Ministério da Educação de rever e reduzir os contratos de associação.
O professor de Economia Política Ricardo Paes Mamede explica a questão dos contratos de associação.
ZAP

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