Uma família de refugiados sírios passou apenas duas semanas em Mangualde, no distrito de Viseu, onde recebeu um apartamento T4 e apoio para a adaptação a Portugal. Mas desapareceu durante a noite, presumindo-se que tenha rumado à Noruega.
O caso é relatado pela TSF, que reforça que se têm verificado outras situações semelhantes, entre refugiados que não têm interesse em permanecer em Portugal ou que acabam por serem tentados pela ideia de obterem melhores condições económicas noutros países da União Europeia.
Quanto a este casal acolhido em Mangualde, a TSF refere que a família constituída por um contabilista, a mulher estudante e grávida e quatro filhos, foi alojada num apartamento T4.
Receberam aulas de Português, bem como indicações e aconselhamento sobre a adaptação a Portugal, e os filhos, com idades entre os 10 e os 3 anos de idade, foram colocados em escolas.
Mas “não ficaram mais que duas semanas no apartamento T4 que a Misericórdia lhes cedeu”, revela à TSF o provedor Carlos Tomás.
A rádio nota que desapareceram durante a noite, sem deixarem quaisquer contactos ou indicações quanto ao paradeiro.
Carlos Tomás destaca que estes refugiados não tinham dinheiro, mas que tinham “passaportes e comunicações com familiares e amigos que terão possibilitado o abandono de Portugal” rumo à Noruega.
Fonte do Serviço de Estrangeiros e Fronteiros (SEF) assume à TSF que se têm registado “alguns casos, não significativos” semelhantes, de refugiados que abandonaram os projectos de integração em Portugal.
A estação menciona três casos em Oeiras e cerca de 10 entre os 40 refugiados acolhidos em Lisboa.
Entre alguns dos que têm decidido abandonar o nosso país, haverá quem sejaaliciado “de forma enganosa” por redes de tráfico de pessoas, rumando a outros países da UE, como França, acreditando que poderão aí encontrar melhores condições económicas.
Portugal acolheu, nos últimos meses, cerca de 387 pessoas no âmbito do programa de recolocação de refugiados na UE.
Aqueles que decidam abandonar o nosso país por livre iniciativa, e caso sejam localizados noutros países, deverão ser recambiados para Portugal porque só assim, poderão permanecer na Europa de forma legal, como explica na TSF a presidente do Conselho Português para os Refugiados, Teresa Tito de Morais.
ZAP
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