O doente deu entrada no Centro Hospitalar do Médio Tejo, em Abrantes, com uma hemorragia cerebral, vítima de um aneurisma. Tendo em conta a gravidade dos sintomas, os médicos de Abrantes decidiram transferir o doente, por falta de capacidade para a cirurgia.
Eram dez horas de terça-feira quando a decisão de transferência foi tomada e acionado o INEM para o transporte aéreo e localização de vaga. Só que o Centro de Orientação de Doentes Urgentes não ajudou na procura de vagas para esta situação e o helicóptero não foi logo acionado, poupando tempo que é vital neste quadro clínico, adiantam vários médicos que relataram a situação.
A equipa de urgência do Hospital de Abrantes passou então mais de uma hora ao telefone, à procura de vaga, que viria a ser disponibilizada, após um segundo contacto, no Hospital de S. José, em Lisboa.
Às 13h18, o helicóptero do INEM aterra em Abrantes e faz o transporte do doente que viria a sofrer uma paragem cardio respiratória durante o voo, que foi revertida pela tripulação. Às 14h05, quando o doente chega ao Hospital de S. José, sofre nova paragem respiratória e viria a morrer, antes de entrar no bloco operatório.
Em seis meses, esta é a segunda morte de um doente com rutura de um aneurisma e com hemorragia cerebral a morrer por falta de assistência.
Ouvido pela TSF o Ministério da Saúde não explica porque não foi o INEM, através do Centro de Orientação de Doentes Urgentes, a procurar vaga de neurocirurgia nem tão pouco porque só após um segundo contacto é que o Hospital de S. José garantiu a vaga para este doente.
Já quanto ao facto de não acionar logo o transporte do doente, enquanto decorria a procura de vaga, o gabinete do ministro da Saúde justifica com o facto de o "helitransporte de qualquer doente obrigar ao cumprimento de procedimentos específicos, de modo a garantir a máxima segurança durante esse transporte".
Fonte: TSF
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