sexta-feira, 12 de agosto de 2016

ARQUEÓLOGOS RECONSTROEM O ROSTO DE AVA, MULHER QUE VIVEU HÁ 3.700 ANOS


 
Um grupo de arqueólogos e artistas forenses da Escócia reconstruiram o rosto de uma mulher que morreu há 3.700 anos, na Idade do Bronze.
Batizada de Ava, uma abreviação de Achavanich, o nome do local onde os ossos foram encontrados, a mulher deverá ser da Cultura do Vaso Campaniforme, uma cultura do terceiro milénio a.C. que se difundiu pelo continente europeu.
Segundo a IFLScience, os ossos de Ava foram descobertos em 1987, quando os cientistas encontraram o seu crânio e vários outros fragmentos de ossos num buraco de uma rocha, acompanhados por outros artefactos e por um pequeno vaso de bronze.
Maya Hoole, líder do projeto, afirma que o cenário não é muito comum, já que o povo daquela cultura costumava enterrar os mortos no solo, e não em rochas.
“Teria consumido muito tempo e esforço para cavar o buraco. Se Ava morreu repentinamente, pergunto-me se teria havido tempo para fazer a cova. No entanto, se eles sabiam que ela ia morrer, a cova já poderia estar preparada”, destacou.
reconstrução do rosto de Ava foi feita por Hew Morrison, que calculou as possíveis dimensões da sua mandíbula – que não foi encontrada junto com os outros ossos – e recriou o tamanho dos lábios e de outros tecidos faciais com base no tamanho dos dentes.
Quanto à cor da pele e do cabelo, os investigadores não têm qualquer certeza, mas estima-se que a Ava medisse 1,67m, uma altura não muito diferente da de uma mulher moderna.
O desgaste natural dos dentes mostra que Ava tinha entre 18 e 22 anos quando morreu, apesar da causa da morte ainda não ser conhecida.
A líder da investigação explicou ainda que é possível que os ossos de Ava tenham sido manipuladospor quem a enterrou.
“Se comparar o formato do seu crânio com outros do mesmo período, o topo e a parte de trás são achatados, sendo que a parte de trás tem formato quadrado”, disse Hoole.
Os investigadores não entendem o interesse em alterar o formato do crânio de Ava, mas Hoole explica que, na época, as populações tinham muitos hábitos diferentes tanto durante a vida como em relação à morte.
Os progressos da investigação de Ava têm sido publicados num blog criado pelos arqueólogos.
BZR, ZAP / Hypescience

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