sexta-feira, 26 de agosto de 2016

PAZ NA COLÔMBIA APÓS 50 ANOS DE CONFLITO!

Na sequência de conversações que duraram mais de 4 anos, tendo como intermediários Cuba e a Noruega e acompanhantes a Venezuela e o Chile, os resultados conseguidos põem fim à mais antiga guerrilha do hemisfério ocidental, com a integração no processo democrático colombiano como partido político das FARC-EP (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, Exército do Povo) e um conjunto de medidas que visam salvaguardar os direitos das classes mais desfavorecidas.

O Acordo definitivo será resultado por seu turno dum Referendo Nacional com vista a que todo o povo colombiano possa decidir.

As conversações foram feitas sobretudo num ambiente latino-americano que certamente trará imensos ensinamentos para toda a América Latina, projetando também a Noruega, um dos países que ocupa os primeiros lugares em termos de Desenvolvimento Humano conforme aos Índices anualmente publicados pelos organismos da ONU, como um fator de paz a ter em conta ao nível global.

Na Colômbia abrem-se espaços de integração e participação como nunca antes ocorreu e o aprofundamento da democracia será muito importante para se fazer face a outros fenómenos com implicações nacionais, entre eles as formas e os métodos de combate ao tráfico de drogas sobretudo no que diz respeito à componente nacional.

Os angolanos só podem regozijar-se pelos avanços progressistas alcançados na Colômbia, um país na América do Sul com imensos potenciais e recursos, que é também sensível nos relacionamentos regionais, onde os espaços de participação se abrem ao todo nacional.

Com a paz na Colômbia, reforçam-se os processos democráticos e de integração latino-americana, incentivando outros a procurar o mesmo tipo de soluções históricas onde quer que ocorram contradições radicais ou em vias de radicalização, levando sempre em conta a necessidade de implementar direitos iguais para as classes mais vulneráveis da sociedade e de forma esclarecida enfrentar os problemas próprios dos desequilíbrios humanos, do subdesenvolvimento e do respeito que os habitantes devem ter para com a Mãe Terra.

Este processo de democratização leva em conta as condutas de domínio da hegemonia unipolar, reduzindo os impactos nocivos do capitalismo neoliberal nas sociedades dos países do sul, por que não impedem a capacidade crítica em relação ao comportamento do império quando a globalização é irreversível para todos os habitantes e para a vida nesta minúscula casa comum! 

Fotos:
- Acordo entre o governo colombiano e as FARC-EP;
- Representante governamental colombiano nas conversações de Havana;
- Representante das FARC-EP nas conversações de Havana.

A consultar:
- Anuncian Comunicado conjunto para la terminación del conflito Gobierno e FARC-EP – http://www.granma.cu/mundo/2016-08-24/anuncian-comunicado-conjunto-para-la-terminacion-del-conflicto-gobierno-y-farc-ep

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