domingo, 2 de outubro de 2016

Comunicação do José Passos na VI Convenção Nacional de Dadores de Sangue dia 1 de Outubro em Viana do Castelo

Companheiros:


Hoje mais uma jornada é realizada neste Auditório, e como sempre, os mesmos Convencionistas, fala a voz do povo, que mais valem poucos mas bons, que muitos mas maus, tivemos essa certeza á cinco anos neste mesmo Auditório, mas também só fazem falta os que cá estão.

Mas porque será esta situação?
Afinal aqui nesta e nas Convenções anteriores, excepto na 2ª Convenção, trabalha- se para bem do dador e da dádiva.
As anomalias que aconteceram desde á cinco anos atrás com a dupla Paulo Macedo / Hélder Trindade, mais as que ainda continuam a acontecer foram e são de responsabilidade dessa dupla, e posteriormente do demissionário Presidente do Conselho Directivo, que não quis, ou não soube ouvir todas as mensagens que pelas mais variadas vias lhe eram enviadas, mas não só, a responsabilidade também é dos dirigentes associativos, que com a sua passividade ou comodismo, tudo ou quási tudo consentiram, confirma-se isso mesmo aqui com a pouca aderência nesta Convenção.

Veja-se o caso do Estatuto do Dador, ainda não regulamentado mal agrado as desculpas esfarrapadas do demissionário presidente do IPST.

Nós não nos acomodamos, nem pactuamos com essas desculpas. E pergunto?

Quem tem lutado ao longo do tempo na concretização dessa regulamentação?

São só e unicamente sempre os mesmos. Nós e alguns (poucos) dirigentes ou promotores da dádiva que tem o bom senso de contribuir com o seu esforço.

Lamentamos que responsáveis oficiais tentem enganar tudo e todos com a afirmação de que o Estatuto do Dador está regulamentado. É mentira

Feita uma análise às afirmações que estão inseridas no ofício, cuja cópia juntamos nas vossas pastas, verifica-se que não bate a bota com a perdigota.

Nada está concretizado, mas sim remendos não terminados por falta de vontade, desrespeito aos Órgãos de Soberania que decretaram esse Estatuto, e aos dadores no seu todo. São parte das trapalhadas a que nos habituou o demissionário Hélder Trindade.

Que fizeram ou tem feito os dirigentes das Associações e Grupos? Nada.

Como sempre sentam-se na cadeira do comodismo, no deixa andar, e quem quer fazer barulho o faça, pois está a fazer o trabalho sujo que devia também ser trabalho desses mesmos dirigentes.

Esta é a realidade, hoje o associativismo da dádiva está mau servido de dirigentes que só o são para benesses ou para a fotografia, os dadores que os elegem que se borrifem.

É por esse mesmo comodismo que a dádiva está paralisada desde á cinco anos atrás.

Assim companheiros não vamos a lado nenhum.

É preciso mostrar aos responsáveis do IPST e á Tutela, que é necessário modificar a sua atitude e olhar para o associativismo da dádiva como um companheiro de ajuda e não de obstrução.

É preciso regulamentar todo o Estatuto do Dador e não arranjar desculpas esfarrapadas como quem atira areia aos olhos dos dirigentes associativos.

É tempo companheiros de mostrar mais do que nunca, que somos nós dadores que contribuímos com o nosso trabalho, a nossa solidariedade e o nosso sangue para que os doentes o tenham disponível nos hospitais, sendo portanto uma das pedras fundamentais para todo e sistema da dádiva voluntária de sangue e medula óssea.

Nem é necessário falar do seguro do dador ou do cartão de identificação, pois com a regulamentação tudo deverá estar já devidamente aclarado e revisto.

Foram trapalhadas atrás de trapalhadas que o demissionário presidente do IPST desenvolveu ao longo do tempo em que esteve á frente desse organismo.

Não foi por falta de informação que deixou ir a dádiva de sangue ao ponto que chegou, foi pena não ter ido embora á mais tempo, deveria ter ido logo junto com o seu par na dupla, o Paulo Macedo de má memória, a dupla que conseguiu destruir todo um trabalho de mais de vinte e cinco anos de Homens e Mulheres que dedicaram o seu tempo á dádiva de sangue sem esperar benesses, mas sim atingir uma meta que era a autosuficiência de sangue no País.

Hélder Trindade não deixa saudades mas deixa a lembrança de alguém que não foi capaz de inverter a tendência da baixa de sangue, mas também insultar os dadores na Comunicação Social apelidando-os de terroristas e sindicalistas do sangue.

Os dadores têm boa memória e não esquecem todas as faltas de respeito e atropelos que o consulado do Hélder Trindade foi exímio em executar.

Pecou por só agora deitar a toalha ao chão, já o devia ter feito á mais tempo.

Outro assunto que aqui vos trago não é novo, mas é necessário resolver.

É a atribuição dos subsídios às federações pelo IPST.

Uma situação escandalosa de subsídios a instituições que nada fazem em favor da dádiva, colheitas zero, mobilização de dadores zero, mas então o que fazem de valor essas organizações? Nada ou muito.

Nada para a dádiva, mas muito nos passeios turísticos / gastronómicos, peregrinações para a fotografia e não por devoção, passeios ao estrangeiro etc.

Não é pouco o que esses clubes de amigos auferem como subsídios do IPST, são milhares de euros que seriam mais bem entregues se distribuídos pelas Associações e Grupos, pois são estes que trabalham a bem da dádiva com os poucos incentivos que lhes dá o IPST como subsidio e mesmo assim sob rigoroso controlo.

Mas quem controla a aplicação das verbas subsidiadas ás federações? Como justificam as suas despesas de combustível, estadias diárias nas sedes como de emprego se trate, alimentação e instalação?

Será que comem na Mitra e dormem debaixo da ponte?

As suas viaturas consomem ar em vez de gasóleo ou gasolina?

Será que justifica a sua permanência diária nas sedes? A fazer o quê, jogar á batalha naval ou apanhar gambuzinos?

É mais que tempo de acabar com os subsídios do IPST às federações, pois quem as deve sustentar são os seus federados pagando quotas e nunca o erário público. Chega de forrobodó.

Viana do Castelo 01 de Outubro de 2016
Pela Associação
José Passos

NB: À semelhança das Convenções anteriores, foram apresentadas Moções, tendo as mesmas sido sujeitas à discussão e votação pelos convencionistas. Uma delas proponha a criação de  uma comissão de análise composta três elementos com provas dadas no associativismo da dádiva para analisar e sugerir ao ministério da saúde algumas alterações em áreas consideradas pertinentes, todas a favor dos dadores de sangue.
Os três elementos que integram a dita Comissão foram escolhidos, sujeitos a votação, e claro, investidos de poderes representativos para a levar a bom porto a sua missão.

J. Carlos

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