Companheiros:
Hoje
mais uma jornada é realizada neste Auditório, e como sempre, os
mesmos Convencionistas, fala a voz do povo, que mais valem poucos mas
bons, que muitos mas maus, tivemos essa certeza á cinco anos neste
mesmo Auditório, mas também só fazem falta os que cá estão.
Mas
porque será esta situação?
Afinal
aqui nesta e nas Convenções anteriores, excepto na 2ª Convenção,
trabalha- se para bem do dador e da dádiva.
As
anomalias que aconteceram desde á cinco anos atrás com a dupla
Paulo Macedo / Hélder Trindade, mais as que ainda continuam a
acontecer foram e são de responsabilidade dessa dupla, e
posteriormente do demissionário Presidente do Conselho Directivo,
que não quis, ou não soube ouvir todas as mensagens que pelas mais
variadas vias lhe eram enviadas, mas não só, a responsabilidade
também é dos dirigentes associativos, que com a sua passividade ou
comodismo, tudo ou quási tudo consentiram, confirma-se isso mesmo
aqui com a pouca aderência nesta Convenção.
Veja-se
o caso do Estatuto do Dador, ainda não regulamentado mal agrado as
desculpas esfarrapadas do demissionário presidente do IPST.
Nós
não nos acomodamos, nem pactuamos com essas desculpas. E pergunto?
Quem
tem lutado ao longo do tempo na concretização dessa regulamentação?
São
só e unicamente sempre os mesmos. Nós e alguns (poucos) dirigentes
ou promotores da dádiva que tem o bom senso de contribuir com o seu
esforço.
Lamentamos
que responsáveis oficiais tentem enganar tudo e todos com a
afirmação de que o Estatuto do Dador está regulamentado. É
mentira
Feita
uma análise às afirmações que estão inseridas no ofício, cuja
cópia juntamos nas vossas pastas, verifica-se que não bate a bota
com a perdigota.
Nada
está concretizado, mas sim remendos não terminados por falta de
vontade, desrespeito aos Órgãos de Soberania que decretaram esse
Estatuto, e aos dadores no seu todo. São parte das trapalhadas a que
nos habituou o demissionário Hélder Trindade.
Que
fizeram ou tem feito os dirigentes das Associações e Grupos? Nada.
Como
sempre sentam-se na cadeira do comodismo, no deixa andar, e quem quer
fazer barulho o faça, pois está a fazer o trabalho sujo que devia
também ser trabalho desses mesmos dirigentes.
Esta
é a realidade, hoje o associativismo da dádiva está mau servido de
dirigentes que só o são para benesses ou para a fotografia, os
dadores que os elegem que se borrifem.
É
por esse mesmo comodismo que a dádiva está paralisada desde á
cinco anos atrás.
Assim
companheiros não vamos a lado nenhum.
É
preciso mostrar aos responsáveis do IPST e á Tutela, que é
necessário modificar a sua atitude e olhar para o associativismo da
dádiva como um companheiro de ajuda e não de obstrução.
É
preciso regulamentar todo o Estatuto do Dador e não arranjar
desculpas esfarrapadas como quem atira areia aos olhos dos dirigentes
associativos.
É
tempo companheiros de mostrar mais do que nunca, que somos nós
dadores que contribuímos com o nosso trabalho, a nossa solidariedade
e o nosso sangue para que os doentes o tenham disponível nos
hospitais, sendo portanto uma das pedras fundamentais para todo e
sistema da dádiva voluntária de sangue e medula óssea.
Nem
é necessário falar do seguro do dador ou do cartão de
identificação, pois com a regulamentação tudo deverá estar já
devidamente aclarado e revisto.
Foram
trapalhadas atrás de trapalhadas que o demissionário presidente do
IPST desenvolveu ao longo do tempo em que esteve á frente desse
organismo.
Não
foi por falta de informação que deixou ir a dádiva de sangue ao
ponto que chegou, foi pena não ter ido embora á mais tempo, deveria
ter ido logo junto com o seu par na dupla, o Paulo Macedo de má
memória, a dupla que conseguiu destruir todo um trabalho de mais de
vinte e cinco anos de Homens e Mulheres que dedicaram o seu tempo á
dádiva de sangue sem esperar benesses, mas sim atingir uma meta que
era a autosuficiência de sangue no País.
Hélder
Trindade não deixa saudades mas deixa a lembrança de alguém que
não foi capaz de inverter a tendência da baixa de sangue, mas
também insultar os dadores na Comunicação Social apelidando-os de
terroristas e sindicalistas do sangue.
Os
dadores têm boa memória e não esquecem todas as faltas de respeito
e atropelos que o consulado do Hélder Trindade foi exímio em
executar.
Pecou
por só agora deitar a toalha ao chão, já o devia ter feito á mais
tempo.
Outro
assunto que aqui vos trago não é novo, mas é necessário resolver.
É
a atribuição dos subsídios às federações pelo IPST.
Uma
situação escandalosa de subsídios a instituições que nada fazem
em favor da dádiva, colheitas zero, mobilização de dadores zero,
mas então o que fazem de valor essas organizações? Nada ou muito.
Nada
para a dádiva, mas muito nos passeios turísticos / gastronómicos,
peregrinações para a fotografia e não por devoção, passeios ao
estrangeiro etc.
Não
é pouco o que esses clubes de amigos auferem como subsídios do
IPST, são milhares de euros que seriam mais bem entregues se
distribuídos pelas Associações e Grupos, pois são estes que
trabalham a bem da dádiva com os poucos incentivos que lhes dá o
IPST como subsidio e mesmo assim sob rigoroso controlo.
Mas
quem controla a aplicação das verbas subsidiadas ás federações?
Como justificam as suas despesas de combustível, estadias diárias
nas sedes como de emprego se trate, alimentação e instalação?
Será
que comem na Mitra e dormem debaixo da ponte?
As
suas viaturas consomem ar em vez de gasóleo ou gasolina?
Será
que justifica a sua permanência diária nas sedes? A fazer o quê,
jogar á batalha naval ou apanhar gambuzinos?
É
mais que tempo de acabar com os subsídios do IPST às federações,
pois quem as deve sustentar são os seus federados pagando quotas e
nunca o erário público. Chega de forrobodó.
Viana
do Castelo 01 de Outubro de 2016
Pela
Associação
José
Passos
NB: À semelhança das Convenções anteriores, foram apresentadas Moções, tendo as mesmas sido sujeitas à discussão e votação pelos convencionistas. Uma delas proponha a criação de uma comissão de análise composta três elementos com provas dadas no
associativismo da dádiva para analisar e sugerir ao ministério da saúde algumas alterações em áreas consideradas pertinentes, todas a favor dos dadores de sangue.
Os três elementos que integram a dita Comissão foram escolhidos, sujeitos a votação, e claro, investidos de poderes representativos para a levar a bom porto a sua missão.
J. Carlos
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