O evento Paisagens Neurológicas, que decorre nos dias 07, 12, 14 e 21, vai juntar em Coimbra e Condeixa-a-Nova, na mesma mesa, artistas e investigadores com debates e performances em torno da arte e da ciência.
O Paisagens Neurológicas, coordenado pela artista Isabel Maria Dos, junta em quatro dias pessoas de diferentes áreas científicas com investigadores ligados às artes, tendo como mote na sua terceira edição o tema da "linguagem", disse à agência Lusa a responsável.
"Não há muito espaço ou oportunidades para este tipo de encontros. Acredito que é necessário este cruzamento entre arte e tecnologia e a transmissão de vários saberes e conhecimentos", sublinhou Isabel Maria Dos, que se encontra a realizar um doutoramento na vertente de Estudos Teatrais e Performativos, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (UC).
A edição deste ano apresenta um conjunto de atos performativos, bem como palestras e debates, contando com a participação de 23 pessoas, a maioria investigadores na área das artes ou ciências.
O evento vai decorrer no Museu POROS, em Condeixa-a-Nova, bem como em diferentes locais de Coimbra, como o Teatro Académico de Gil Vicente, Faculdade de Medicina, Casa da Escrita ou Exploratório.
O investigador do Instituto Biomédico de Investigação da Luz e Imagem (IBILI), António Miguel Morgado, vai falar sobre a "história da natureza e o uso da luz", a docente da Faculdade de Letras Adelaide Chichorro aborda "as linguagens do silêncio", Miguel Castelo-Branco, também do IBILI, vai refletir sobre "arte, cérebro e ciência", os docentes da Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC) Isabel Correia e Amílcar Furtado exploram "a poesia em língua gestual portuguesa" e a artista Maria Isabel Azevedo vai centrar-se sobre a linguagem holográfica nas artes.
No evento, marcam também presença o arquiteto João Mendes Ribeiro, o artista Frederico Dinis, o fundador do Grupo de Inteligência Artificial da UC, Ernesto Costa, o docente da Faculdade de Letras Manuel Portela e o diretor do Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV), Fernando Matos de Oliveira, entre outros.
Para além dos debates e comunicações que irão ocorrer nos quatro dias, também haverá performances e uma exposição de Isabel Maria Dos, no TAGV, de dia 07 a 21, em que estará "um espelho enorme e uma pilha de documentos" escritos em linguagem computacional e também em imagem especular, relacionados "com a questão dos refugiados".
Já no TAGV, no dia 12, decorre uma performance intitulada "Somos Números", em que a artista vai usar um `chat` para comunicar com o público, sendo a conversa projetada no ecrã.
Para a responsável pelo evento, o Paisagens Neurológicas procura mapear as diferentes linguagens da arte contemporânea, ao mesmo tempo que "mostra as potencialidades" do aproveitamento das linguagens do mundo da ciência na arte.
Todos os eventos são de entrada gratuita, com exceção da performance no TAGV, que terá um custo de dois euros.
Lusa
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