De acordo com um novo estudo, afinal os humanos não são os únicos a conseguir ler aquilo que os outros estão a pensar.
Uma das coisas que melhor define os humanos é a habilidade de conseguirem ler a mente dos outros, isto é, tentarem perceber aquilo que estão a pensar.
Este fenómeno, apelidado pelos cientistas de “teoria da mente”, era até agora uma coisa que podíamos considerar exclusiva mas, de acordo com uma nova investigação, afinal os primatas também podem ser um bocadinho como nós, escreve o The Independent.
Para chegar a essa conclusão, os investigadores mostraram dois vídeos a um grupo de 40 primatas, composto por chimpanzés e orangotangos do jardim zoológico de Leipzig, na Alemanha, e do santuário de Kumamoto, no Japão.
No primeiro, uma pessoa vestida num fato de King Kong escondeu-se num de dois esconderijos enquanto outro homem via.
De seguida, esse homem sai da sala por uma porta e o “King Kong” foge para que este não veja. Quando regressa, tenta procurá-lo.
No vídeo seguinte, o mesmo homem volta à cena para tentar encontrar uma pedra escondida pelo homem vestido de macaco. Mas, enquanto o homem saiu da sala, o King Kong tirou a pedra da caixa e fugiu.
Para analisar o pensamento dos primatas, enquanto estes viam os vídeos, os cientistas, por sua vez, analisavam o movimento dos olhos e para onde estavam realmente a olhar.
Nos dois casos, os primatas olharam mais tempo para o local onde o homem viu determinado objeto. Isto leva os cientistas a concluir que eles sabiam que o homem ia lá procurar, mesmo sabendo que já lá não estava nada.
Os resultados da experiência, conhecida como “teste da falsa crença”, foram similares com os resultados obtidos por crianças com menos de dois anos.
“Esta é a primeira vez que uma espécie não humana passou neste tipo de teste”, explica Christopher Krupenye, autor do estudo e membro da Universidade de Duke, nos Estados Unidos.
“Se futuras experiências confirmarem esta descoberta, isto pode levar os cientistas a repensar como os primatas se percebem uns aos outros”, afirma o investigador, que participou no estudo, agora publicado na revista Science, juntamente com o psicólogo Fumihiro Kano, da Universidade de Quioto.
ZAP
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de colheitas de sangue dia 15 de Outubro entre as 9 horas e as 13
horas, no Posto Fixo da ADASCA, localizado no Mercado Municipal de
Santiago, 1º. Piso, Rua de Ovar (Bairro social de Santiago),
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