Os cofres da banca portuguesa têm quarto mil milhões de euros de excesso de liquidez, valor que representa 2% do PIB e supera as reservas mínimas exigidas pelo Banco Central Europeu (BCE), mas que não traz benefícios imediatos.
Este excesso de liquidez de quatro mil milhões de euros é avançado pelo Diário de Notícias, que cita dados do Banco de Portugal relativos a 29 de Julho passado.
O jornal sustenta que a banca portuguesa tem “dinheiro parado que vai muito além das reservas mínimas exigidas pelo BCE”, situando-se nos quatro mil milhões de euros, isto é, 2% do Produto Interno Bruto (PIB).
Este valor elevado não acarreta benefícios particulares para os bancos, cuja principal via de rentabilidade são os empréstimos, mas a sua colocação na economia real poderia também suscitar riscos.
Os bancos têm “no financiamento a particulares e a empresas a sua actividade core e a sua fonte primordial de receitas, fundamental para a recuperação da sua rendibilidade“, destaca o presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), Faria de Oliveira, ao DN.
Apesar de evidenciar que “em Portugal, a procura de financiamento bancário está francamente abaixo da capacidade de oferta dos bancos”, o dirigente também nota que “é relativamente baixa a procura de crédito que satisfaz os critérios de concessão e de gestão de risco que os bancos estão obrigados a cumprir”.
O economista do Banco Carregosa Rui Bárbara acrescenta que os Bancos estão “menos propensos a emprestar” porque “os níveis de capital não estão num nível óptimo e o crédito malparado ainda é um grande peso nos balanços”.
Além disso, a banca tem ainda que contar com “outro dilema”, explica Rui Bárbara ao DN, sustentando que “só quer emprestar a boas empresas que não pretendem endividar-se, e não às que procuram crédito, que são as empresas com maior risco creditício“.
“Como as famílias portuguesas são das mais endividadas do mundo, é também compreensível que muitas não queiram aumentar o crédito. Daí a tendência para acumular liquidez”, conclui o economista.
Neste cenário de aperto ao crédito, há cada vez mais empresas portuguesas a procurarem financiamento em “bancos não residentes e, em menor escala, através da emissão de títulos de dívida no exterior”, sustenta o DN, dando os exemplos da construção e do imobiliário como os mais claros desta tendência.
ZAP
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