O Conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) reúne-se hoje e poderá ser tomada uma decisão relativamente à entrega das declarações de rendimentos dos seus membros, matéria que tem estado na ordem do dia.
Em causa está o impasse gerado relativamente à apresentação das declarações de património e de rendimentos ao Tribunal Constitucional (TC) por parte da nova equipa de gestão do banco público que, segundo as notícias que têm vindo a público, entende que não está obrigada a fazê-lo.
Porém, o TC notificou na quarta-feira da semana passada os membros da administração da CGD para que entreguem as declarações de rendimentos ou que justifiquem as razões para não o fazerem.
Questionada pela Lusa, fonte oficial da CGD escusou-se a confirmar se este assunto vai ou não ser discutido na reunião do Conselho de Administração de hoje.
Nas últimas semanas, todos os partidos defenderam que os administradores da Caixa deveriam entregar as declarações de rendimento e património no TC, tal como o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos.
O primeiro-ministro, António Costa, considerou na terça-feira que o Governo, enquanto representante do acionista Estado, tem o foco apontado para o processo de reestruturação do banco estatal, remetendo decisões sobre esta matéria para os órgãos competentes.
"Aquilo que tenho de tratar com a administração da CGD é o seu plano de atividades, o seu plano de capitalização e os resultados que a administração tem de apresentar. O cumprimento das obrigações legais por parte da administração é um assunto entre a administração e as autoridades judiciárias", advogou.
Certo é que até o cenário de a equipa de gestão da CGD, que entrou em funções a 31 de Agosto último, avançar com um pedido de demissão já é colocado em cima da mesa por diversos órgãos de comunicação social.
Na terça-feira, questionado sobre se a recapitalização da CGD vai ocorrer com a atual administração ou com outra, o ministro das Finanças, Mário Centeno, limitou-se a afirmar que, "neste momento, a CGD tem uma administração e está num processo de recapitalização importantíssimo e crucial para o país".
A nova equipa de gestão da CGD, liderada por António Domingues, entrou em funções em 31 de Agosto.
Lusa.
Comentário: que saia de cena, já cheira a altivez este filme. Num País de tanga, causado pelos banqueiros, ainda querem transformar-se em seres celestiais? BASTA!
J. Carlos
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