O fundo de inovação Digital News Initiative (DNI), atribuiu 1,58 milhões de euros a seis projetos de jornalismo digital portugueses, entre os quais o do jornal Público e o da Plataforma de Meios Privados, anunciou hoje a Google.
Esta é a segunda ronda de financiamento do fundo do DNI, que atribuiu um total de 24 milhões de euros a 124 projetos na Europa.
Em Portugal, o DNI atribuiu 900 mil euros à Plataforma de Meios Privados e 500 mil euros para o Público, ambos considerados grandes projetos.
Além disso, o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores - Tecnologia e Ciência (INESC TEC) arrecadou um financiamento de 49,8 mil euros, tal como o JornalismoPortoNet, Media Innovation Labs (MIL), Universidade do Porto, que obteve 49,4 mil euros, ambos para protótipos.
Em termos individuais, e também com protótipos, contam-se Ricardo Lafuente e Alberto Pereira, ambos com um financiamento de 423 mil euros.
No total, o fundo de inovação da Google atribuiu um financiamento de 1.585.340 euros.
O fundo da Google tem um valor de 150 milhões de euros e "hoje os líderes dos projetos estão a ser notificados das ofertas de financiamento que totalizam 24 milhões de euros para 124 projetos de 25 países europeus", disse o responsável pelo DNI, Ludovic Blecher.
Na primeira ronda foi atribuído um financiamento de 27 milhões de euros, pelo que com os valores hoje divulgados, o fundo DNI já distribuiu 51 milhões de euros.
"Recebemos mais de 800 candidaturas vindas de 25 países, e dos 124 projetos vencedores que anunciámos hoje, 42 projetos estão imbuídos do espírito de colaboração e parceria. E, entre os 30 grandes projetos selecionados, 15 são colaborativos", adiantou o mesmo responsável.
Entre os vários projetos europeus, destaque para o do jornal italiano Corriere della Sera, que foi premiado com um fundo de 300 mil euros, e o suíço Le Temps SA, que contou um financiamento de 45 mil euros.
No caso do Corriere della Sera, o título "prosseguirá com o design de um assistente digital onde o próprio jornal poderá responder a questões dos utilizadores relacionadas com as notícias, a partir de uma grande variedade de equipamentos".
O assistente digital irá ler os títulos e os artigos, pesquisar nos arquivos do jornal e procurar material no conteúdo digital do Corriere della Sera.
Já o Le Temps SA "procura uma ferramenta para recuperar e republicar os melhores artigos da redação quando relacionados com eventos atuais. Denominada 'Zombie', a ferramenta vai analisar artigos no 'site' do Le Temps utilizando informação proveniente do Chartbeat e do Google Analytics e aplicar uma pontuação a cada artigo", refere a Google.
"Simultaneamente, a 'Zombie' vai analisar a atividade na Internet relativamente aos tópicos mais populares - que podem ser cruzados com a base de dados de conteúdos do Le Temps. Caso existam resultados positivos, a ferramenta irá alertar a redação", concluiu.
O DNI conta com mais de 160 membros da indústria europeia de notícias e está focado em três pilares: produtos, investigação e formação e o financiamento de novas abordagens jornalísticas através do fundo de inovação.
Lusa / Sapo
Comentário: assim vai a imprensa que se assume como imparcial, independente do poder económico, regional, próxima das populações mais desprotegidas, etc. etc.
Que mais? Vou deixar de comprar e ler jornais conectados com grupos de amigos da onça, amiguinhos, que vendem os valores éticos do jornalismo puro. Estão proibidos de se confessarem independentes, quando se assumem ancorados em financiamentos dúbios.
Adeus imprensa livre!
J. Carlos
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