Morreu
o Líder Máximo cubano, Fidel Castro, ontem à noite, duma
hemorragia cerebral, após um longo período de doença, tendo
deixado, aliás, o poder, em 2006, para o irmão, Raúl Castro,
actual presidente de Cuba.
Fidel
Castro, pai da revolução comunista cubana, morreu, aos 90 anos de
idade, esta sexta-feira, à noite, 25 de novembro, duma hemorragia
cerebral.
El
Comandante ou Líder Máximo,Fidel Castro, governou durante 49 anos,
Cuba, de 1959 a 2006, quando já muito doente, entregou o poder ao
seu irmão, Raúl Castro, que anunciou a sua morte ontem à noite, na
televisão, terminando a sua declaração com o slogan preferido de
Fidel, "Hasta la vitória siempre!"
O
presidente cubano, Raúl Castro, decretou 4 dias de luto e revelou
que o cadáver de Fidel Castro, seria incinerado "nas primeiras
horas, deste sábado, 26 de novembro, afastando a ideia de exposição
do corpo do Líder Máximo, ao público.
Horas
depois, era anunciado o dia do funeral de Fidel Castro, para 4 de
dezembro, em Santiago de Cuba, a segunda cidade de Cuba.
A
primeira homenagem ao ditador cubano, Fidel, foi marcada para
segunda-feira, 28 de novembro, na Praça da República da capital,
Havana, palco dos célebres comícios de mais de 6 horas do
revolucionário comunista, Fidel Castro, donde lançava os seus
slogans contra o imperialismo americano e ocidental, e de punho
erguido gritava, "Viva a revolução socialista" ou o seu
outro slogan célebre, "Condena-me, não importa, a História me
absolverá."
Fidel
Castro, era, pois, um símbolo da luta contra o imperialismo
americano, líder do partido comunista cubano, e defensor do
comunismo da ex-União soviética, grande protectora de Cuba.
Comunista,
marxista-leninista, Fidel Castro, sobreviveu a várias tentativas de
assassínio, onde via sempre a mão da CIA e dos "gringos"
americanos, escudando-se sempre no desembarque de exilados cubanos
apoiados pela CIA, na Baía dos Porcos, no sul do país, em abril de
1961.
Falhada
a tentativa de depor Fidel Castro, pouco depois, o presidente
americano, John Kennedy, decretaria o célzbre embargo comercial e
financeiro a Cuba.
Meses
depois, era a crise dos mísseis de outubro de 1962, com a União
soviética instalando mísseis nucleares soviéticos, em Cuba,
apontados, para os Estados Unidos, rosto do imperialismo ocidental
mundial.
O
mundo esteve à beira duma guerra nuclear, com Washington, decretando
o bloqueio naval de Cuba, enquanto Moscovo, retirava os seus mísseis,
contra a promessa americana de não invadir Cuba.
Cuba
de Fidel Castro, formou militar, política e ideologicamente,
dirigentes dessa África lusófona, que fariam uma guerra de
libertação, em Angola, Guiné Bissau, Moçambique, excepção de S.
Tomé e Príncipe e Cabo Verde, onde não houve guerras de
libertação, mas outro tipo de acções como revoltas e subversões.
Com
as independências nos 5 países da África lusofona, em 1975, Angola
e Moçambique, passariam por uma longa e dura guerra civil, entre
movimentos rivais, como os casos do MPLA e a UNITA, em Angola, para
onde Fidel Castro enviaria milhares de tropas cubanas, para ajudar o
partido de Agostinho Neto e José Eduardo dos Santos, contra
revolucionários maoistas de Jonas Savimbi, que eram apoiados pelo
então regime do apartheid da África do sul.
Imagem e texto:RFI
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