Quem somos nós? Os que não dobram os dois joelhos, e nem sequer um só, diante de Baal.(1) Os que temos a Lei de Deus escrita no bronze de nossa alma, e não permitimos que as doutrinas deste século gravem seus erros sobre este bronze, que sagrado vossa Redenção tornou. Os que amamos como o mais precioso dos tesouros a pureza imaculada da ortodoxia, e que recusamos qualquer pacto com a heresia, suas obras e infiltrações… Não poupamos a impiedade insolente e orgulhosa de si mesma, nem o vício que se estadeia com ufania e escarnece a virtude.
Quem somos nós? Na tormenta, na aparente desordem, na aparente aflição, na quebra aparente de tudo aquilo que para nós seria a vitória, somos aqueles que confiaram, que jamais duvidaram, mesmo quando o mal parecera ter vencido para sempre.
Quem somos nós? Somos filhos e seremos heróis da confiança, os paladinos desta virtude! Quanto mais os acontecimentos parecerem desmentir a voz da graça que nos diz — “vencereis” —, tanto mais acreditaremos na vitória de Maria Santíssima!(2)
______________
Notas:
1. Ídolo do povo cananeu, que foi cultuado com frequência, segundo o Antigo Testamento, pelos israelitas, quando estes abandonavam o culto verdadeiro de Jeová e se entregavam à idolatria. Em vista disso, “dobrar os joelhos diante de Baal” significa hodiernamente a apostasia da verdadeira Religião, a católica, apostólica, romana, e o resvalamento no neopaganismo contemporâneo.
2. O primeiro parágrafo acima citado foi extraído do periódico “O Legionário”, de 22 de dezembro de 1946. O segundo, de uma conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira para sócios e cooperadores da TFP em 9 de agosto de 1995. E o terceiro, de uma palestra ao mesmo auditório, em 20 de dezembro de 1991.
Fonte: Revista Catolicismo, Nº 550, Outubro/1996.
Fonte: ABIM
Nenhum comentário:
Postar um comentário