segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

12 DE DEZEMBRO DE 2016 A Caixa, o acordo ortográfico, Guterres (& o Benfica lá à frente)

Enquanto dormia
 
David Dinis, Director do público
Bom dia!
A esquerda voltou ao poder na Roméniaum ano depois de ter sido derrubada na sequência de protestos contra a corrupção. O partido vencedor das eleições chama-me (mesmo) PSD.
Renzi despediu-se com um “até breve” e anunciou que vai dar um passeio por Itália, isto depois de já estar anunciado o seu sucessor. Paolo Gentiloni é um super-renziano, como mostra a Sofia Lorena. E a sua lista de problemas conta-se (resumidamente) assim.
Falando neles: o Monte dei Paschi anunciou mais uma tentativa de se recapitalizar sem fundos do Estado, até ao final do ano. O banco precisa de 5.000 milhões de euros, depois do BCE ter recusado um alargamento do prazo para cumprir os rácios impostos.
O Benfica resistiu até ao fim - e fechou um derby intenso com um abraço colectivo que diz bem o que foi o jogoOs protestos de Jorge Jesus foram audíveis, mas valeram pouco: a verdade é que com a derrota de ontem e com a vitória do Porto, o campeonato voltou atrás cinco jornadas. Quem resume tudo isto muito bem é o meu amigo Miguel Esteves Cardoso, que nem é do mesmo clube que eu: "Foi mesmo necessário deixá-los marcar aquele golo, só para lhes dar a mais cruel das esperanças? Acho que não." A crónica dele está aqui.

As notícias do dia  

A polémica que continua (na Caixa): O Governo de Passos congelou os alertas das Finanças sobre o aumento das imparidades e necessidades de capital até perto das eleições. Estiveram guardados seis meses, conta-nos a Liliana Valente, na notícia que faz hoje a manchete do PÚBLICO.
Uma polémica que nunca acabaa Academia das Ciências vai rever o acordo ortográfico. Em Janeiro, terá uma proposta interacadémica. E depois esperará para ver o que lhe dizem os políticos. A entrevista é do Nuno Pacheco.  

Outras notícias a reter

Ano de autárquicas, baixa de impostos. Um terço das autarquias vai baixar o IMI (dados do Jornal de Negócios). a Madeira não fica atrás
Novo Banco, novo nome? A decisão final ficará para o novo accionista, mas António Ramalho diz ao Negócios que quer “fazer uma marca da nova geração”. Ontem à noite, Marques Mendes anotou que a fase de negociações com os candidatos à compra do banco terminou na sexta-feira.
Outra vez os swaps? As empresas públicas ainda têm mais de 2500 milhões em produtos de risco, conta o DN desta manhã. As perdas potenciais, só no Metropolitano de Lisboa e no Metro do Porto, ultrapassam os mil milhões.
Um alerta. Teodora Cardoso diz que seria muito difícil a Portugal suportar uma taxa de juro de 5% na dívida portuguesa.
Mais tecnologia. Em Portugal, o mercado cresceu 4%. Além dos telemóveis, estamos rendidos à realidade virtual e aos hoverboards.
Menos glifosato. O Governo vai proibir uso de pesticidas em locais públicos. A lista de locais "glifosato free" está aqui.
Mais um alerta (mais complicado). As fugas de crianças à guarda do Estado dispararam em 2015. Resta saber quem sai pior desta história: a lei ou as instituições. 

Leituras fundamentais

O dia é de António Guterres - e o PÚBLICO fez-lhe um trabalho à medida do acto de posse do português. Eis os nossos destaques:
  • De Nova Iorque, o Alexandre Soares explica-nos "o que podemos esperar dele", ouvindo os que estão mais habituados aos corredores da ONU, mas também as expectativas que têm os portugueses que lá trabalham ("consequente" é a palavra-chave).
  • A Bárbara Reis anota cinco ideias e cinco obstáculos de Guterres, onde a palavra "dificuldade" se repete - porque esta não será a cadeira mais confortável do mundo. 
  • Quanto à Teresa de Sousa, fala-nos de uma "missão impossível". Porque "Alepo não pode esperar nem mais um dia", porque "quando o português tomar hoje posse, o risco de caos internacional consegue ser ainda maior do que já era no dia em que foi escolhido". 
De ontem, do P2, vem a primeira parte de uma investigação que junta o PÚBLICO a outros jornais internacionais. Chama-se "Europa, a última fronteira" e mostra-nos como, entre a pressão dos populistas anti-imigração e a força das empresas de armamento, a Europa pôs em marcha um "pacote de fronteiras" que ameaça os direitos dos cidadãos e não parece deixar os europeus mais seguros. O "investigate Europe" é um trabalho do Paulo Pena. 

Hoje acontece
  • Na economia, olhos postos nos preços do petróleo, depois de um acordo histórico no fim-de-semana para o corte de produção; mas também para as emissões de dívida de Itália e França, ainda na ressaca das decisões do BCE de quinta-feira.
  • O France Football diz-nos para quem vai a Bola de Ouro (ou, melhor dizendo, diz-nos se Ronaldo vai ser outra vez o Bola de Ouro, no ano em que venceu mais uma Champions e o Campeonato da Europa de futebol).
  • Ainda no futebol, Benfica e Porto conhecem os adversários na Liga dos Campeões - entrando agora na fase em que os empates não contam.
  • Na sétima arte, temos as nomeações para os Globos de Ouro - em jeito de antecipação daquelas boas listas com os filmes dos ano.

Mesmo a terminar

Uma pergunta sempre a propósito: qual é a sua actividade física? Dois inquéritos recentes ajudam a traçar o nosso retrato e a dar aquele empurrão que faltava.
E se, no cinema, a Barbie fosse curvilínea? As reacções não estão a ser simpáticas, mas a actriz Amy Schumer está aí para as curvas.
Melania Trump não está pelos ajustes. Na Eslovénia, a futura Primeira Dama já é nome de bolo e de roupa interior. Mas a moda não vai durar muito.
Hoje fecho assim, com umas notas mais leves que nos tiram o peso do fim da ponte (ou da ressaca do derby, consoante os casos). Mas o dia é de trabalho e de muitas notícias. Para isso, estamos cá nós: é só ir passando por aqui e ficará a par das últimas. Para o resto, o melhor é pôr aquele sorriso - só isso chega para que o dia seja mais produtivo e feliz.
Dia bom, até já!

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