Bom dia!
Um sismo de 6.4 atingiu a Indonésia. Já há 54 mortes confirmadas e quase uma centena de desaparecidos na província de Aceh - que já tinha sido devastada em 2004 por um sismo e um gigantesco tsunami.
O director-geral da companhia aérea Lamia foi detido. A investigação ao voo que vitimou quase toda a equipa da Chapecoense confiscou documentos e computadores e prendeu o homem que foi piloto de vários presidentes da Bolívia, incluindo Evo Morales.
Real Madrid pediu "respeito" por Ronaldo. O escândalo do Football Leaks apanhou CR7 no olho do furacão - indicando que o português terá ocultado ao fisco espanhol rendimentos de 150 milhões de euros. Este noite, o clube espanhol emitiu um comunicado garantindo que o jogador tem as obrigações fiscais em dia e que "tem sido absolutamente exemplar". Ontem, quem entrou na história foi outro português: Ricardo Carvalho.
O Benfica teve uma derrota milionária com sintomas preocupantes. É isto mesmo: "Pelo segundo ano consecutivo, o Benfica está nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, mas o que mostrou nesta terça-feira na Luz, frente ao Nápoles, não deve ter deixado Rui Vitória nada tranquilo." E este domingo há derby, não é Marco Vaza? Na Champions, os adversários possíveis não são fáceis.
A notícia do dia
Proprietários podem impedir vizinhos de alugar casas a turistas. A história é da Rosa Soares e já está a abrir noticiários nas rádios e televisões: um acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa validou a decisão de proibir um arrendamento a turistas, tomada por uma assembleia de condóminos. As autorizações dadas por entidades públicas foram dadas por "irrelevantes" pelo juiz. Escusado será dizer que, com isto, outros proprietários podem seguir o exemplo - e o arrendamento turístico (até aqui uma galinha dos ovos de ouro) pode tornar-se um risco. A história da Rosa Soares faz a nossa manchete de hoje.
Outras notícias a reter
O Governo terá um estudo sobre a dívida pronto em Janeiro. O grupo de trabalho formado com o Bloco de Esquerda já tem um esboço do estudo final, mas ficou parado três meses por causa do Orçamento. Os trabalhos vão ser retomados agora, mas o Governo tem margem para não assinar o relatório final - ficando de fora da fotografia. A notícia seguiu a pista de António Costa, na entrevista de segunda-feira à RTP: depois das eleições alemãs falamos, disse o primeiro-ministro.
A propósito, por que razão é que as eleições alemãs são uma limitação? E serão mesmo? O Sérgio Aníbal esteve na Alemanha por estes dias e falou com economistas e politólogos sobre o assunto. Eis as conclusões.
Quanto à entrevista de António Costa, foi levada a uma "prova dos factos": Verdadeiro, falso ou outra coisa a meio caminho?
Quem passou na prova foram os alunos portugueses. Não só conseguiram ficar acima da média da OCDE em todas as classificações do PISA, como mostraram que em Portugal os mais desfavorecidos também conseguem bons resultados. Os especialistas estão fascinados com os resultados, até com os dos imigrantes que estão entre nós. O PSD aproveitou para desafiar o Governo a parar para pensar. E o Amílcar Correia dedicou aos mais novos o Editorial do dia: "A evolução contínua".
Para quem não passar no teste, mas no de condução, fica um aviso: os novos cursos de formação obrigatórios vão ser caros. O melhor é ter cuidado com a caixa de velocidades.
Sobre a Caixa (Geral de Depósitos), a novidade do dia vem no Negócios: o plano de negócios delineado por António Domingues aponta para depósitos menos rentáveis, mais comissões, venda de operações e a tal "limpeza" de três mil milhões em créditos e imóveis.
Ontem, o tema abriu mais uma guerra na Assembleia, depois do Tribunal de Contas vir acusar o anterior Governo de não ter controlado as contas do banco público (abrindo espaço ao PS para apontar ao alvo). Na Comissão de Inquérito, o ex-ministro Oliveira Martins deu uma resposta bem diferente para o mesmo problema.
E agora a boa nova: a Fundação de Serralves vai estender-se a todo o país.
Hoje acontece
- O BCE dá início à sua última reunião do ano, com enorme expectativa sobre o que dirá Draghi amanhã sobre os estímulos económicos à zona euro e a situação de Itália.
- A NATO encerra a sua última reunião da era pré-Trump, sem saber muito bem o que vai querer o novo presidente americano.
- À tarde há debate quinzenal na Assembleia, com António Costa a responder à oposição.
- Noite fora, o Sporting vai a Varsóvia tentar assegurar a entrada na Liga Europa, ao passo que o F.C. Porto tenta manter-se na Liga dos Campeões.
Leituras a não perder
Anote este título: O que menos interessa no debate sobre 'O Último Tango em Paris' é a manteiga. A Lucinda Canelas pegou na última polémica sobre o filme de Bertolucci, revisitou a história do filme, falou com o Miguel Esteves Cardoso e a Maria Teresa Horta e construiu este texto notável (e eu sou sempre comedido nos adjectivos). Com o extra de ter o António-Pedro Vasconcelos a perguntar ao realizador italiano: "Valeu a pena?"
Se é um pessimista a sério, eis o "guia" para 2017. A Bloomberg arranjou há uns anos uma maneira interessante de nos pôr a olhar para o ano novo: pega nos factos previsíveis e transforma-os num guia pessimista, traçando sempre os piores cenários para cada data marcada no calendário. Desta vez, com Trump, o Brexit, as eleições francesas no horizonte, o exercício é tenebroso. Tanto que não resistimos a fazer-lhe a síntese (e dar-lhe o link para ir correndo o original). Se estiver preparado, é carregar aqui.
Mesmo a terminar
Em jeito de balanço do ano que passou, já está escolhida a modelo do ano. And the winner is...
O vídeo do momento também merece atenção: parece o início de uma bonita história de amor entre dois jovens de uma escola secundária (quem não se lembra das borboletas no estômago?). Mas na verdade conta-nos uma história muito séria. Já foi visto por 4 milhões de pessoas (4 milhões e um, porque entretanto eu também já o vi). E como tem pouco mais de dois minutos, atrevo-me a recomendar-lhe que o veja também, com atenção.
Mas como não gosto de fechar sem um sorriso, aqui ficam também os 10 anúncios de Natal mais populares do ano. Uma delícia, é o que lhe digo.
É assim que me despeço de si hoje, pedindo-lhe antecipadamente desculpas por não estar na sua companhia na próxima sexta-feira. É que, já com uns valentes dias em non-stop, vou aproveitar a ponte e descansar um pouco. Prometo estar de volta fresquinho - e bem informado. A mim, como a si, basta-me ir passando por aqui.
Bom trabalho, bom descanso,
Até já!
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