quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

TELECOMUNICAÇÕES: Nos não prevê novos aumentos de preços em 2017

A operadora considera que aumentos anuais entre 2% a 3% no futuro são sustentáveis, segundo o Haitong. E alerta que qualquer aumento acima deste valor pode implicar mudanças no modelo dos conteúdos desportivos.
Nos não prevê novos aumentos de preços em 2017
A Nos não acredita que haverá mais aumentos de preços dos serviços de telecomunicações em 2017. E considera que, no futuro, aumentos anuais entre os 2% e os 3% são sustentáveis, mas alerta que qualquer subida acima deste valor pode implicar mudanças no modelo de distribuição de conteúdos desportivos. Estas são algumas das conclusões destacadas pelo Haitong da conversa com responsáveis da operadora durante a conferência ibérica do banco de investimento.


Durante o encontro, que decorreu em Londres e reuniu-se com 24 empresas ibéricas e 85 investidores, a operadora liderada por Miguel Almeida explicou que após esta actualização dos preços em Dezembro espera poder traduzir 70% a 80% destes aumentos em crescimento das receitas.

A operadora revelou ainda que pretende rever a estratégia no Capital Markets Day para melhorar a política de remuneração accionista, de acordo com a nota divulgada pelo ex-BESI, lê-se no mesmo documento.

Segundo o Haintong a maioria dos investidores está consciente do aumento dos gastos da operadora em 2017, em grande parte devido aos conteúdos desportivos. Ainda assim, a preocupação é que a Nos falhe a orientação (guidance) do investimento operacional (Capex), "o que pode prejudicar a percepção sobre a empresa".

Por estes motivos, os investidores consideram que o aumento dos dividendos "seria bem-vindo".

"Continuamos convencidos de que 2017 será um ano crucial para a Nos, período durante o qual a empresa precisa de executar perfeitamente [a guidance do] CAPEX e surpreender o mercado com aumento de dividendos", conclui a nota do Haitong.

O banco de investimento aponta ainda que "embora a curto prazo as revisões do CAPEX possam afectar as acções, as expectativas em relação ao Capital Markets Day e a situação benigna do ambiente competitivo do mercado português fazem com que estejamos muito confiantes em relação à potencial valorização das acções".

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro. 

Sara Ribeiro 18 de Janeiro de 2017 às 13:41

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