A
operadora considera que aumentos anuais entre 2% a 3% no futuro são sustentáveis,
segundo o Haitong. E alerta que qualquer aumento acima deste valor pode
implicar mudanças no modelo dos conteúdos desportivos.
A
Nos não acredita que haverá mais aumentos de preços dos serviços de
telecomunicações em 2017. E considera que, no futuro, aumentos anuais entre os
2% e os 3% são sustentáveis, mas alerta que qualquer subida acima deste valor
pode implicar mudanças no modelo de distribuição de conteúdos desportivos.
Estas são algumas das conclusões destacadas pelo Haitong da conversa com
responsáveis da operadora durante a conferência ibérica do banco de
investimento.
Em Dezembro, a Nos aumentou os preços, em média, entre 2%
a 2,5%. Um passo que também foi seguido pelas rivais que, tal como a
Nos, aumentaram os preços dos serviços duas vezes no ano
passado depois da assinatura do acordo de partilha de conteúdos de futebol.
Durante o encontro, que decorreu em Londres e
reuniu-se com 24 empresas ibéricas e 85 investidores, a operadora liderada por
Miguel Almeida explicou que após esta actualização dos preços em Dezembro
espera poder traduzir 70% a 80% destes aumentos em crescimento das receitas.
A operadora revelou ainda que pretende rever a
estratégia no Capital Markets Day para melhorar a política de remuneração
accionista, de acordo com a nota divulgada pelo ex-BESI, lê-se no mesmo
documento.
Segundo o Haintong a maioria dos investidores está
consciente do aumento dos gastos da operadora em 2017, em grande parte devido
aos conteúdos desportivos. Ainda assim, a preocupação é que a Nos falhe a
orientação (guidance) do investimento operacional (Capex), "o que pode
prejudicar a percepção sobre a empresa".
Por estes motivos, os investidores consideram que o
aumento dos dividendos "seria bem-vindo".
"Continuamos convencidos de que 2017 será um ano
crucial para a Nos, período durante o qual a empresa precisa de executar
perfeitamente [a guidance do] CAPEX e surpreender o mercado com aumento de
dividendos", conclui a nota do Haitong.
O banco de investimento aponta ainda que "embora
a curto prazo as revisões do CAPEX possam afectar as acções, as expectativas em
relação ao Capital Markets Day e a situação benigna do ambiente competitivo do
mercado português fazem com que estejamos muito confiantes em relação à potencial
valorização das acções".
Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota
de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser
pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem
conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada
analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de
investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e
informar-se junto do seu intermediário financeiro.
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