CGD
cria novas comissões e nem os clientes de longa data (como os mais
idosos) escapam.
O banco público foi notícia esta semana, no Negócios, por más
razões. “Inventou” novas comissões e agravou outras já
existentes. Os novos valores, que pode conhecer aqui,
entrarão em vigor nos próximos meses. Infelizmente, este tem sido o
caminho seguido por praticamente todos os bancos e, pior ainda, não
é expectável que esta prática termine nos tempos mais próximos.
Entre as “novidades” da CGD está a cobrança de um euro pela
actualização aos balcões das emblemáticas cadernetas, a partir de
Maio. Quem tem dificuldades em utilizar os meios electrónicos, ou as
máquinas de actualização automática das agências, não pode
dirigir-se ao funcionário do balcão, com quem até tinha uma
relação de longos anos, sob pena de sair com menos um euro. Fazer
transferência de dinheiro ao balcão ou por telefone (com operador)
para outros bancos também passou a custar mais. E pedir comprovativo
de saldos ou outras certidões (passou de 35 euros para 55 euros) só
mesmo se for necessário. Tudo isto está a acontecer numa altura em
que a CGD, à semelhança de outros bancos, está a encerrar dezenas
de balcões e a dispensar centenas de trabalhadores. E ainda numa
altura em que a maioria dos bancos cobra valores equivalentes ou
ainda mais elevados. O que podem fazer os clientes para contrariar
esta situação? Para alguns, como os mais idosos, restam poucas
alternativas. Ainda assim, pode valer a pena olhar para alguns
concorrentes, como o jovem Banco CTT, se existir algum balcão
próximo. Esta instituição assegura serviços bancários essenciais
e não está a cobrar comissões na abertura e gestão de contas de
depósito à ordem, e nas transferências nacionais, entre outras.
Tem
a certeza de que precisa de mais do que um cartão de crédito e
outro de débito? Há
comissões que podem e devem ser evitadas. Como escreve João Raposo
- no livro Onde
pára o meu dinheiro?
- ter muitos cartões de crédito na carteira já não é sinónimo
de pessoa importante. Pode mesmo reflectir alguma desorganização na
gestão das suas contas ou até desequilíbrio financeiro (cartões
que servem para pagar saldos de outros cartões...). O custo destes
produtos tem aumentado em todos os bancos e a CGD vai voltar a
actualizar (maioritariamente para cima) a anuidade de algumas dezenas
de cartões de crédito, de débito (vulgarmente designados de
multibanco) e dos pré-pagos. Estas alterações entram em vigor em
Maio, e são extensivas a várias operações, como os levantamentos
de dinheiro a crédito (cash
advance). Mas
há ainda mais surpresas negativas: exceder o limite de crédito dos
cartões vai custar 15 euros e o pagamento do saldo do cartão ao
balcão 10 euros, entre outras. Faça uma gestão prudente das suas
finanças e fique apenas com os cartões de que efectivamente
precisa.
Alerta
“vermelho” para os pequenos accionistas do BCP. O
aumento de capital do BCP entrou em contagem decrescente e os
accionistas terão de decidir se querem ou não participar. Os que
não quiserem, devem aproveitar para vender os direitos inerentes às
suas acções, que
têm valor,
e cuja negociação decorrerá entre amanhã e o próximo dia 30. Os
accionistas que ficarem totalmente à margem do aumento de capital
vão agravar as suas perdas.
As
dúvidas dos accionistas do BPI.
A Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pelo maior accionista
do BPI, o Caixabank, a 1,134 euros, pode reduzir substancialmente o
número de acções dispersas em bolsa: não é positivo para os
pequenos accionistas porque reduz o número de negócios, normalmente
sinónimo de menor valor. A decisão de manter ou vender não é
fácil. Os accionistas não são obrigados a vender nesta fase, mas
podem vir a sê-lo no futuro. Isto porque o accionista espanhol, que
já controla 45,6% do BCP, diz que tem a intenção de manter o banco
em bolsa, mas também salvaguarda que, se atingir os 90% dos direitos
de voto, procederá à compra das restantes acções, o que levará à
saída de bolsa, como pode confirmar aqui,
no ponto 22 e 23. A
leitura do prospecto não
é aliciante, mas alerta para alguns riscos que devem ser
avaliados. As
ordens de venda podem ser dadas até 7 de Fevereiro.
Fonte: Público
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