A temperatura média na superfície terrestre e oceânica em 2016 foi a mais alta desde 1880, no terceiro ano consecutivo de recordes do aquecimento global, anunciou hoje a agência dos Estados Unidos para a atmosfera e os oceanos.
"Durante
2016, a temperatura média na terra e nos oceanos esteve 0,94 graus
Celsius [ºC] acima da média do século XX" que foi de 13,9 ºC,
refere a Administração Nacional para os Oceanos e a Atmosfera
(NOAA, na sigla em inglês) no seu relatório anual sobre o clima
global.
O
ano passado foi o mais quente desde 1880, quando começaram os
registos, ultrapassando o último recorde, atingido em 2015, e cada
um dos primeiros oito meses de 2016, até agosto, registaram as
temperaturas mais elevadas.
O
relatório da NOAA acrescenta que desde o início do século XXI o
recorde de temperatura global anual aumentou cinco vezes - em 2005,
2010, 2014, 2015 e 2016.
A
extensão de gelo oceânico nos polos continua em regressão e no
Ártico, no inverno, foi registada a mais pequena extensão pelo
segundo ano consecutivo, enquanto na época do degelo foi registada a
área mais pequena desde que existem registos, com uma regressão do
gelo semelhante à ocorrida em 2007.
Na
Antártida, no inverno, a extensão do manto de gelo oceânico foi a
décima mais baixa e no degelo foi registado o nono mínimo em termos
de área coberta de gelo.
Para
a Europa, 2016 foi o terceiro ano mais quente, depois do pico de 2014
e do segundo lugar de 2015, ou seja, os últimos três anos tiveram
as mais altas temperaturas dos últimos 107 anos.
E
no último inverno europeu, entre dezembro de 2015 e fevereiro de
2016, a temperatura média apresentou igualmente um recorde de alta.
Para
situações contrárias, de picos de frio, há somente registo no
leste da Ásia, na China e Hong Kong.
Na
superfície terrestre, em 2016, a temperatura ficou 1,43 ºC acima da
média do século XX, com o nível mais alto desde 1880,
ultrapassando, assim, o anterior recorde registado em 2015.
Quanto
aos oceanos, a temperatura ficou 0,75 ºC acima da média do século
passado, ligeiramente superior ao anterior pico, atingido em 2015.
O
último mês do ano foi o terceiro dezembro mais quente desde 1880.
O
Acordo de Paris sobre redução de emissões de gases com efeito de
estufa, alcançado em dezembro de 2015 e que entrou em vigor em 4 de
novembro de 2016, estabelece compromissos da comunidade internacional
para limitar o aquecimento global a um máximo de 2ºC acima dos
valores médios da era pré-industrial.
A
generalidade dos estudos científicos considera que se a temperatura
global aumentar para valores mais de 2ºC acima dos existentes antes
da revolução industrial provocará alterações climáticas severas
e irreversíveis.
Fonte:noticisaominuto
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