sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

A reforma do euro. A guerra das offshores (& o regresso de Trainspotting)

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Enquanto Dormia
 
David Dinis, Director
 
Soubemos que o irmão de Kim Jong-un foi morto com gás altamente tóxico. O VX é considerado uma arma química e está classificado pelas Nações Unidas como uma arma de destruição maciça.
Trump disse que a América será "líder do pelotão" nas armas nucleares, mesmo sendo ele um "pacifista". Pelo meio, a CNN contou esta história: a Casa Branca pediu ao FBI para descredibilizar notícias sobre comunicações com a Rússia.
O Presidente do Azerbaijão nomeou um novo vice-presidente - a sua mulher. É ela que vai "supervisionar" o Governo.
O Leicester City despediu Claudio Ranieri, o melhor do mundo em 2016. Foi com dor, dizem os responsáveis do clube.
Dois candidatos ao Sporting estiveram num ringue. Não foi de boxe, mas andou lá perto. Bruno de Carvalho e Madeira Rodrigues só concordaram na cor preferida e... em discordar sobre tudo.

As notícias de hoje 

Na manchete, uma notícia da Teresa de Sousa sobre o futuro da UEPortugal não aceita uma Declaração de Roma sem reforma da zona euro, diz-nos ela, falando numa guerra diplomática nos bastidores europeus que opõe Merkel e Juncker (nas divisões habituais). Pelo meio, há também uma dança de cadeiras em curso. Leia, se tiver uns minutos, porque vai ouvir falar muito disto no próximo mês. Até porque ontem o FMI disse isto sobre as dívidas públicas na Europa.
O caso das offshores vai quente. O Pedro Crisóstomo, cuja notícia abriu a polémica, conta hoje que Hong Kong e Panamá valem metade das transferências omissas em 2014 (e nós sabemos o que aconteceu no Panamá). O Jornal Económico diz que a venda da PT justifica metade do valor de transferências registadas em 2015. O ex-secretário de Estado Paulo Núncio já culpa o Fisco pelo que se tenha passado (via DN). No Parlamento, o PSD chamou todos os responsáveis do fisco, desde 2011, Passos chamou isto a António Costa e a direita ameaça levar Ferro Rodrigues a um voto de protesto, conta a Sofia Rodrigues. Quanto às novas regras, acrescenta a Liliana Valente, têm a oposição de bancos, reguladores e até da IGF.
Pelo meio, ouço que Nuno Melo (do CDS) disse uma série de disparates na TSF sobre a notícia do PÚBLICO, seguindo as pisadas de Assunção Cristas. Para eles, fica este meu texto de opinião, explicando tudo direitinho: chama-se "Quando um político não gosta de uma notícia".

A propósito de impostos, vem aí um problema diplomáticoa Suécia está "revoltada" com a isenção que damos a pensionistas daquele país. E sobre pensionistas, mas os portugueses, o Bloco faz um desafio ao Governo: que reduza a metade o corte nas pensões aplicado pela direita (via Negócios).
Falando de emigração (e não de imigração): sabia que Portugal é o segundo país europeu com maior taxa de emigrantes?
Ontem, Cavaco Silva reconheceu isto"A realidade ultrapassou-me". Foi numa entrevista à RTP sobre o seu livro de memórias, na única frase sobre a maioria de esquerda que nos governa. A propósito, é interessante ver o que diz Marcelo agora sobre o PCP. No PÚBLICO, o socialista Jorge Lacão acusa o ex-PR de "devassa".
E no PSD, prossegue a novela de Lisboa: no Negócios, o líder distrital culpa o CDS pelo problema; no jornal io líder concelhio já pensa em apoiar Cristas.

Ideias para o fim-de-semana 

Um livro. George Saunders retrata a América actual pelo lado do absurdo e partindo do princípio do prazer. O seu território é o das classes pobres cujo sofrimento capta pelo humor, porque só rindo consegue passar a dor da humilhação. A Isabel Lucas falou com ele, partindo de Pastoralia, que acaba de sair em Portugal. E começa assim: "As coisas loucas que podem acontecer quando somos pobres".
Uma peça. Ao público de Assembleia é pedido que assuma o papel de deputado, mas nesta Assembleia há perguntas e partilhas, não se vota. Rui Catalão ajuda a eliminar o fosso entre palco e plateia. O Gonçalo Frota conta-nos como.
Um filme (esperado). Vinte anos depois de um filme icónico que marcou gerações, não era evidente, nem sensato, dar uma continuação a Trainspotting. Ela aí está, contudo. O Jorge Mourinha viu o filme, ouviu o realizador Danny Boyle e o actor Ewen Bremner e responde à nossa dúvida:  tanto tempo depois, a que soa chose life? E acrescenta o Mário Lopes: esta já não é a casa de banho mais infecta da Escócia
E uma banda sonora - do Zeca. 30 anos depois da morte, a nossa homenagem é uma memória: passaram 34 anos sobre aquele que seria o “concerto do adeus”. Um grupo de pessoas que esteve no Coliseu nessa noite memorável recorda-nos como foi ver e ouvir o “trovador do povo” num dos seus últimos grandes concertos. Aqui estão a música, a saudade e os documentos dessa noite. Aqui está também a livraria Ulmeiro em 360º, onde Zeca Afonso passou a madrugada do 25 de Abril. E aqui ficam as últimas pistas sobre os originais de Zeca Afonso, contadas pelo Nuno Pacheco.

Hoje na agenda
  • Marcelo recebe Ferro Rodrigues, e depois Assunção Cristas, para discutir a polémica da Caixa e o papel da Assembleia nisto tudo.
  • O Parlamento discute o que fazer à Carris e STCP, mas já sem o PCP a pedir a reversão dos decretos do Governo, apenas mudanças.
  • O Governo dará conta da execução do Orçamento, na versão do primeiro mês do ano.
  • O Fantasporto tem hoje a sua abertura oficial.
  • O Benfica abre a jornada de futebol, recebendo o Chaves na Luz.

Só mais um minuto 

Se está a pensar num Carnaval em casa, a Catarina pensou em si. Ora veja estas máscaras para usar no Carnaval e fora dele.
Se está a pensar num Carnaval fora, talvez isto o leve por mais do que três dias: estão abertas as candidaturas para dois empregos “de sonho”. O trabalho? Documentar uma viagem pela Europa. Com tudo pago.
Se tiver a sorte de ter crianças consigo, aproveite as boas ideias: é que há quem ensine os pais e os filhos a brincarem para terem sucesso no futuro - e se divirta muito com isso.
Hoje ainda é dia de trabalho (espero que num escritório tão bom como estes 10), mas o merecido descanso está mesmo ao virar da esquina. Aproveite, portanto.
Dia feliz, bem-disposto e informado. Nós aqui estaremos para lhe fazer companhia até segunda-feira.

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