O VVD surge em primeiro nas projeções, com 31 deputados, à frente do CDA, com 19, os mesmos do PVV de populista Wilders e do D66.
Projeções do instituto Ipsos dão a vitória ao Partido Popular para a Liberdade e Democracia (VVD) do primeiro-ministro Mark Rutte, com 31 deputados (num total de 150). Em segundo lugar surgem três formações empatadas, entre elas o Partido para a Liberdade (PVV) de Geert Wilders, com 19 deputados. Não se confirma assim a ascensão do líder eurocético e islamofóbico que as sondagens chegaram a dar como vencedor.
Também em segundo lugar, com os mesmos 19 deputados, aparecem o Apelo Democrata Cristão (CDA) e os Democratas 66 (D66), liberais e progressistas.
O Esquerda Verde (GL) de Jesse Klaver, que aos 30 anos despertou as comparações com o primeiro-ministro canadiano Justin Trudeau, ficaram em quinto lugar, com 16 deputados, à frente do Partido Socialista (SP), com 14.
O Partido Trabalhista (PvdA), atual parceiro de coligação do VVD de Rutte, passa de 38 deputados para 9. É o pior resultado de sempre para a formação liderada por Lodewijk Asscher.
As eleições na Holanda eram consideradas as primeiras a medir a força do populismo na Europa este ano, em que também haverá atos eleitorais em países como França, em abril e maio, e Alemanha, a 24 de setembro).
A firmeza que mostrou a lidar com a Turquia, depois de a Holanda ter impedido a entrada no país de dois ministros vindos fazer comícios para a comunidade turca com vista ao referendo de 16 de abril naquele país e do presidente turco ter denunciado uma atitude "nazi" e "fascista", pode ter ajudado à vitória folgada do primeiro-ministro.
Os resultados finais oficiais só serão anunciados no dia 21 de março. Espera-se que as negociações para formar governo possam demorar vários meses, uma vez que serão necessários quatro ou cinco partidos para conseguir os 76 deputados que garantem uma maioria no Parlamento holandês. Até agora, o recorde é de 208 dias sem governo - em 1977. O mais rápido demorou dez dias, em 1948.
A participação foi mais elevada do que em 2012, prevendo-se que fique nos 82%. O número de eleitores foi tão alto que tiveram de ser impressos mais boletins de voto em Amesterdão, Haia e Tilburgo. É a maior afluência às urnas dos últimos 31 anos.
As mesas de voto abriram às 07:30 locais (06:30 em Lisboa) e encerram às 21:00 locais (20:00 em Lisboa).
Fonte: DN
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