O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez o primeiro discurso no Capitólio, perante todo o Congresso
"Um novo espírito americano", foi a promessa que Donald Trump deixou no fim do discurso que fez esta terça-feira (madrugada de quarta em Lisboa) pela primeira vez como presidente dos EUA perante todo o Congresso norte-americano.
Em cerca de uma hora e 15 minutos, Trump repetiu todas as promessas feitas durante a campanha eleitoral. Fê-lo num tom presidencial, solene, mas na grande maioria dos casos sem explicar como tenciona conseguir os seus objetivos.
Sempre em tom protecionista, defendendo "a América primeiro"; Trump prometeu "reiniciar o motor da economia americana", com medidas que, assegura, irão criar emprego e produzir riqueza.
Fez duras críticas à administração de Barack Obama, nomeadamente no que respeita aos níveis de emprego, combate ao crime, corrupção no estado e o Obamacare.
Este último foi um dos pontos mais frisados, com o presidente dos EUA a garantir que a reforma dos sistemas de saúde criada pelo seu antecessor "está a desmoronar-se". E prometeu que irá criar um novo sistema que não exclua ninguém e que seja mais barato e mais eficiente.
Mais uma vez, não concretizou como será este plano.
Valores concretos foram apenas anunciados para um novo pacote de obras públicas, afirmando Trump que irá propor que o Congresso passe legislação que seja capaz de gerar investimentos -- públicos e privados -- no valor de um bilião de dólares para reconstruir as infraestruturas do país.
"Este esforço será guiado por dois princípios fundamentais: compre o que é americano, contrate americanos", fez questão de dizer.
Alem disso, Trump prometeu uma "grande" reforma fiscal, com um "grande alívio" da carga tributária da classe média.
Outro dos assuntos referidos foi o forte investimento nas forças militares -- como já tinha sido antes anunciado, promete um aumento "histórico" na dotação da Defesa -- bem como na segurança interna.
A este nível, prometeu combater o crime e o tráfico de droga (que, diz, irá "definhar até desaparecer"), através de uma "valorização dos agentes de segurança" e da "construção de pontes" entre estes e as comunidades.
A questão dos imigrantes surgiu também neste contexto, com Trump a prometer novas medidas de controlo da imigração, afirmando que este reforço será mesmo capaz de "aumentar salários e criar emprego".
Já a questão dos refugiados mereceu apenas uma referência superficial, sem menção da Síria ou do Iraque, dizendo apenas o Presidente dos EUA que a "única solução de longo prazo" é a criação de condições para que os deslocados "voltem a casa".
A este propósito Trump afirmou que está disposto a "fazer novos amigos" e a "criar novas parcerias" quando haja interesses comuns.
Até porque, "a América é hoje amiga de antigos inimigos", disse.
Ainda a propósito da política externa americana, reiterou o seu apoio à NATO e aos parceiros que tem no Médio Oriente e no Pacífico, mas sublinhou -- como fizera em campanha -- que eles têm "de pagar a sua quota-parte dos custos" das operações.
Até porque, como fez questão de dizer, o seu trabalho "não é representar o mundo, é representar a os Estados Unidos da América".
Ao longo do discurso apelou mais de uma vez a que os partidos Republicano e Democrata ultrapassem as suas divergências e se unam em apoio às suas medidas. Mas fê-lo sempre que falou de assuntos fraturantes, como a abolição do Obamacare, a construção do muro na fronteira entre o México e os EUA ou a concretização das suas leis para a imigração.
Onde houve acordo na câmara foi no elogio aos veteranos de guerra, ao apoio às Forças Armadas e ao prometido aumento de investimento na Educação.
Trump concluiu então com uma mensagem de união e esperança naquilo que chamou de "novo espírito americano":
"Peço a todos os cidadãos que abracem esta renovação do espírito americano, apelo a todos os membros do Congresso que se juntem a mim no sonho de realizar grandes feitos, ousados e arrojados, pelo nosso país. E peço a todos que nos estão a ver esta noite que agarrem este momento, acreditem em vós próprios, acreditem no futuro e acreditem uma vez mais na América".
Leia aqui as principais declarações:
O "novo espírito americano" na conclusão do discurso
"O tempo para pensar pequeno acabou. O tempo para lutas triviais está atrás de nós.
Peço a todos os americanos que abracem esta renovação do espírito americano.
Peço a todos os que estão a ver que acreditem em si mesmos e acreditem no futuro e acreditem de novo na América"
"Somos um povo com um destino"
"Todos sangramos o mesmo sangue, todos saudamos a mesma bandeira e todos somos feitos pelo mesmo Deus"
"A América é agora amiga de antigos inimigos"
"A América está disposta a encontrar novos amigos e a forjar novas parecerias. Queremos paz onde seja possível encontrar paz. A América é agora amiga de antigos inimigos"
Menção aos refugiados
"A solução humanitária" para os refugiados "é encontrar soluções para que eles possam regressar a casa"
"O meu papel não é representar o mundo, é representar os Estados Unidos da América"
Recado aos aliados
"A nossa política externa exige uma abordagem robusta e expressiva". Promete apoiar a NATO, "mas os nossos aliados têm de cumprir as suas obrigações financeiras".
"De facto, o dinheiro está a entrar", garante.
"Vamos respeitar as instituiçes hsitórias, mas vamos respeitar também os direitos soberanos das nações, como esperamos que respeitem o nosso".
Momento emocionado no aplauso à viúva do miliatar William "Ryan" Owens que morreu em serviço
Apoio aos veteranos
Também promete que o seu orçamento vai aumentar a dotação para os veteranos "eles prestaram serviço à nação e agora nós temos de lhes prestar um serviço a eles"
Apoio às forças armadas
Promete um dos maiores aumentos de sempre do orçamento das forças armadas.
Vítimas de imigrantes ilegais
Nomeia na audiência familiares de três casos de vítimas de violência: um jovem morto por um imigrante ilegal; dois agentes policiais igualmente mortos em tiroteios por iigrantes ilegais.
Apoio às vítimas
Ordenei ao Departamento de Segurança Nacional que crie um departamento de apoio às vítimas de violência.
"Cada criança devia poder crescer numa comunidade segura"
"Para quebrar o ciclo de pobreza temos também de quebrar o ciclo de violência". E refere o aumento de crimes violentos do último ano e de homicídios em Chicago.
"Temos de trabalhar com as forças de segurança. Temos de construir pontes de cooperação e confiança"
Estas famílias deviam ser livres para escolher a escola, pública ou privada
Educação é a questão de direitos civis dos nossos tempos
Promete um pacote de educação especialmente pensado para afro-americanos e latinos.
"Juntar forças"
"Porque não juntamos forças para fazer o trabalho bem feito?"
"A minha administração quer trabalhar com membros dos dois partidos" para criar creches para todos, promover água e ar limpo, remodelar as forças armadas e refazer as infraestruturas
Obamacare está a colapsar
"Temos de agir decisivamente para proteger todos os americanos. Isso não é uma escolha, é uma necessidade"
E apela aos partidos dos dois lados para que trabalhem na substituição do Obamacare.
Promete que todos os indivíduos com situações de saúde pré-existentes tenham cobertura.
Que se crie condições para que cada um contrate o seguro que quer "não o que lhes é imposto pelo governo"
Que ninguém fique de fora do sistema
Fazer com que os preços dos medicamentos desçam
E permitir que os seguros de saúde funcionem intra-estados "o que vai fazer com que os preços desçam"
Críticas ao Obamacare
"A forma de fazer com que os seguros de saúde sejam para todos é fazendo com que o preço dos seguros baixem. E é isso que vamos fazer."
Apela ao Congresso para "abolir e substituir o Obamacare". Alguns apupos entre os aplausos de pé do lado republicano
Um novo programa de infraestruturas
Trump promete um novo programa para reconstruir as infraestruras do país, no valor de um bilião de dólares com "financiamento público e privado"
Reforçar "sistema da imigração legal"
"Proteger o sistema americano significa também reforçar o nosso sistema relativamente à imigração legal".
As leis da imigração, diz, têm de ser desenhadas de forma a serem capazes de "aumentar trabalho para americanos e aumentar segurança".
Onde Posso doar sangue em Aveiro em 2017
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Março no dias 1, 8, 22 e 31 entre as 15 horas e as 19:30 horas, dias
4, 18 e 25 entre as 9 horas e as 13 horas, todas no Posto Fixo da
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