David Dinis, Director
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O PSOE voltou à casa de partida. Pedro Sánchez venceu Susana Diáz nas primárias e, no discurso de vitória, apelou à "unidade" do partido para "construir o novo PSOE" com um "projecto novo".
A Comissão Europeia pediu luz verde para Atenas. Numa entrevista à Rádio France Inter, Pierre Moscovici lembrou as medidas aprovadas pelo Governo de Tsipras na semana passada e pediu "responsabilidade" aos ministros europeus e ao FMI para a reunião de hoje do Eurogrupo. Mas o acordo ainda não está fechado.
Trump saiu da Arábia Saudita com a "maior venda militar" da história americana. São 110 mil milhões de dólares, que ajudam a monarquia saudita a afirmar-se como potência regional e reforçar a sua mão numa guerra mortífera como é a do Iémen. No final, ficou também uma mira apontada ao Irão e ao terrorismo.
Acabou-se o campeonato nacional de futebol, com o goleador do costume a dar uma vitória ao Sporting , com uma derrota do FC Porto a salvar o Moreirense - deixando o treinador portista à beira da saída e pondo o Arouca a descer de divisão por um golo apenas. À primeira sobem um clube algarvio e um outro do Norte do país. Lá por fora, Ronaldo deu o 33 ao Real Madrid, a Juventus fez um hexa e o Arsenal ficou de fora da Champions, pela primeira vez em 20 anos.
E foi noite de Globos de Ouro. Quer saber quem os levou para casa?
As notícias do dia
Há quem lhe chame a segunda saída limpa: Portugal deve sair hoje do Procedimento por Défices Excessivos, apesar das dúvidas sobre um problema chamado Caixa. Mas, afinal, com isso muda o quê? E na política portuguesa, o que é que acontece com isto?
Uma coisa é certa: este é só o início de uma discordância sobre o que fazer a partir daqui. Senão vejam o que dizem, aqui no PÚBLICO, o Ricardo Cabral ("A ideia que exageramos em crescimento não tem fundamento") e Maria Luís Albuquerque ("A autossatisfação com alguns resultados alcançados é a receita infalível para voltarmos aos problemas do passado").
Agora, uma pequena surpresa com a nossa manchete: a Educação é a área em que Portugal mais usa os fundos europeus. O Paulo Pena explica uma notícia contra-intuitiva que sobreviveu já a três governos.
Uma dúvida de João Salgueiro sobre a banca: vender ao Lone Star porquê? (via Negócios). E um alerta de Passos para a Europa: é preciso completar a união bancária. Passos que voltou a estar na mira da esquerda: voltar aos cortes?
Mais dois problemas para resolver: os magistrados que ameaçam levar as juntas médicas a tribunal; e os universitários que se queixam de “preços estapafúrdios” no alojamento em Lisboa.
Por trás disto, há uma boa nova: as imobiliárias registaram o melhor resultado de sempre no 1.º trimestre.
Quatro problemas da vida moderna
Porque não há só boas notícias e histórias felizes. E porque é preciso falar dos problemas se queremos encará-los de frente.
1. A violência das imagens sexuais não consentidas. Duas notícias da semana passada deram novo alerta sobre um fenómeno que não é novo, mas é de enorme violência - sobretudo sobre as mulheres. E há notícias diárias, mundo fora, de casos com consequências terríveis. E o que é que podemos fazer para travar tudo isto? E a proibição de imagens de nudez ou sexo, é solução? E nas escolas, o que é que se deve fazer? Três perguntas, vários casos e algumas tentativas de resposta para um problema nada moderno, revisto pela Ana Cristina Pereira e pela Aline Flor.
2. Estamos preparados para os ataques informáticos? O ataque informático de nível global trouxe para o topo da actualidade informativa a cibersegurança. Não foi o primeiro desta dimensão e nem terá sido o mais grave. O que o tornou único foi o facto de ser um dos mais mediáticos e da sua evolução ser acompanhada em tempo real. Uma coisa é certa: estes ataques vão voltar. E alguns serão provavelmente mais graves. Estão as empresas portuguesas e o Estado português preparados para responder a este tipo de ataques? O Luciano Alvarez esteve no sítio certo para fazer as perguntas, mas não nos trouxe um consenso. A não ser este: na Europa, faltam especialistas em cibersegurança.
3. A vida é o que acontece enquanto tomamos outras drogas. How to Murder Your Life é o livro de memórias de uma escritora de 34 anos que sobreviveu às drogas e à indústria da beleza nas melhores revistas do mundo. Cat Marnell ainda está viva e também conta a história da obsessão dos media pelas histórias na primeira pessoa e por mulheres destruídas. A Joana Amaral Cardoso fez o título e conta a história à volta do livro.
4. "Tratam-nos cem graus abaixo de cão". Carolina, Marguerite, Inácio e Isabel são rostos dos que consomem drogas a céu aberto no Porto, numa realidade que se agravou também em Lisboa. O presidente do SICAD, João Goulão, assume que as salas de salas de chuto são precisas. As autarquias, porém, atiram a bola para as organizações no terreno. A reportagem, dura, é da Natália Faria.
A agenda do dia
- Afinal, saímos ou não do défice excessivo? A Comissão Europeia tem a palavra esta manhã;
- Marcelo participa num debate sobre eutanásia, que mereceu reservas de PS e BE;
- Fenprof e FNE agendaram iniciativas de contestação ao Governo - uma vigília em Lisboa e um pré-aviso de greve para o ensino artístico.
- Mais de 500 salas de cinema, cineteatros e cineclubes participam hoje na Festa do Cinema;
- Os parlamentos de Portugal e Espanha estão juntos num fórum em Vila Real que aborda a presença de ambos os países na Europa e antecipa a cimeira ibérica dos governos de António Costa e Mariano Rajoy, a 29 e 30 de maio, na mesma cidade.
Só mais um minuto...
para seguir o conselho desta manhã do Papa Francisco e contar histórias positivas. Como esta:
Quanto vale um gato falante? Para uma empresa chinesa de água oxigenada, a resposta é mil milhões de dólares (898 milhões de euros). Não falamos literalmente de nenhum felino que tenha aprendido a falar, mas não é por isso que a história deixa de surpreender.
Ou esta: já imaginou uma bicicleta que diminui a poluição enquanto pedalamos? Um holandês fez uma, mesmo à medida dos amigos chineses.
E quem é que faz uma estátua ao sr Mário? É um dos três últimos engraxadores da Praça da Liberdade, já tratou da sucessão. Agora, gostava de ver a actividade reconhecida pelo município. E porque não, dr. Moreira?
Fica aqui a pergunta, mas também a nossa porta de entrada para tudo o que acontecer durante o dia - incluindo aquela notícia por que esperamos. Entretanto, vale a pena ir passando os olhos por este texto, que dá o mote certo para as horas que se seguem: do infortúnio à euforia em ano e meio: o que correu bem a Portugal.
Tenha um dia feliz, produtivo também!
Até já!
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