segunda-feira, 22 de maio de 2017

360º - Comissão quer Portugal fora do Procedimento por Défices Excessivos. O que se segue?

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360º

Por Miguel Pinheiro, Diretor Executivo
Bom dia!
Enquanto dormia...
... o Observador deu a notícia em primeira mão: a Comissão Europeia vai mesmo propor que Portugal saia do Procedimento por Défices Excessivos. A recomendação vai ser anunciada formalmente daqui a pouco, às 10h30, pela Comissão Europeia, ficando a faltar a ratificação do Conselho da União Europeia. Na notícia que avança a novidade, o Nuno André Martins escreve também que o Governo português enviou uma carta a reforçar o seu compromisso com reformas estruturais, para ajudar a dissipar as dúvidas que ainda existiam.

Comentando este tema na SIC, Marques Mendes baixou a euforia do Governo: "Não vale a pena embandeirar em arco porque não vamos ter facilidades, vamos ter de continuar a reduzir o défice e vamos ter de continuar a reduzir a dívida".

De facto, é verdade: mesmo fora do Procedimento por Défices Excessivos, continua a haver regras apertadas, como pode ver aqui.


Informação relevante
Pedro Sánchez venceu ontem as primárias no PSOE e regressou, assim, à liderança de um partido socialista muito dividido - tem os "barões" contra ele. Os editoriais dos jornais espanhóis mostram a ruptura de forma clara. O El Pais escreve que este foi "o Brexit do PSOE" e que a vitória de Sánchez aprofunda a crise do partido; o El Mundo afirma que "as primárias deixam um PSOE partido que Sánchez terá que unificar"; no El Español, Pedro J. Ramirez compara a vitória de Sánchez à de Hamon sobre Valls em França - e lembra o que aconteceu ao PSF nas presidenciais.

A liberdade de escolha no Serviço Nacional de Saúde está a resultar: há cada vez mais pessoas a irem a hospitais fora da sua área de residência. O DN escreve que isso já acontece em 10,5% do total das primeiras consultas.

A Câmara de Lisboa quer penalizar as empresas com trabalhadores precários. Como? Através de um novo critério a introduzir nas avaliações feitas em concursos públicos. A notícia é do DN.

As companhias de seguros portuguesas perdem todos os anos 30 milhões de euros por causa de sinistros simulados. E, escreve o JN, até há redes que contratam condutores só para provocarem esses acidentes.

Como é que o Facebook decide o que é publicado ou não? Esse é um dos grandes segredos da empresa de Mark Zuckerberg, mas o Guardian teve agora acesso a documentos que revelam quais as regras internas dos moderadores do Facebook. E há informações surpreendentes. Por exemplo: o conteúdo violento nem sempre é apagado.

No futebol, o FC Porto acabou a época em depressão: perdeu por 3-1 com o Moreirense. Na crónica do jogo, o Bruno Roseiro escreve que a derrota "foi por falta de comparência".

Depois de um ano em que a equipa não ganhou nada, ainda há fé em Nuno Espírito Santo? O Bruno Roseiro tenta responder à pergunta aqui. Os jornais desportivos de hoje dão o tom - O Jogo: "Nuno põe o futuro em cima da mesa"; A Bola: "Por um fio"; Record: "Derrotado em toda a linha". A Renascença avança mesmo que a saída do treinador está por horas.

Para o FC Porto foi uma época má, para o Canelas nem por isso. A equipa que tem vários jogadores dos SuperDragões subiu ao Campeonato de Portugal, terceiro escalão nacional de futebol.

Em Alvalade, o jogo de ontem também foi de contestação à equipa, apesar de o Sporting ter vencido o Chaves por 4-1. Na crónica do jogo, o Tiago Palma escreve 11 vezes o mesmo nome - Bas Dost, claro.

No final da época, olha-se para trás e é fácil identificar os 7 pecados mortais do Sporting.

Em Espanha, Ronaldo ganhou mais um título, com o Real Madrid a tornar-se campeão. Mas o jogador português irritou-se com a imprensa depois de uma pergunta sobre um gesto que fez a um jogador adversário e que alguns interpretaram como sendo uma insinuação de que teria havido pagamentos indevidos para vencer o Real Madrid. “Tratam-me como se eu fosse um delinquente", disse Ronaldo. E mais: "As pessoas falam de mim e não sabem um 'carajo!'".


A nossa Opinião

João Carlos Espada escreve sobre "a tradição democrática sob fogo cruzado": "Em boa parte, as recentes críticas académicas e políticas à democracia são expressão de um fenómeno comum: a perda de memória sobre a tradição ocidental da liberdade sob a lei".

Alexandre Homem Cristo escreve sobre Educação: "Se não se libertar o ensino secundário do acesso ao ensino superior, não haverá autonomia escolar que resista. Nem inovação pedagógica. E muito menos aquisição das ditas competências para o século XXI".

Helena Matos escreve sobre "o vídeo das nossas vidas": "Beija-mão presidencial ao Papa em Monte Real. Um primeiro-ministro a brincar às amas. O país olha para o lado. E indigna-se com o 'Correio da Manhã'. É a propaganda, senhores. É a propaganda".

Vasco Pulido Valente escreve sobre Salvador Sobral: "Sem diminuir o mérito dos nossos heróis, que é deles e não nosso, era bom começar por pedir que nos déssemos a nós próprios o que nos falta e o que merecemos. A expressão 'Portugal está na moda', que o cavaquismo inventou, é um símbolo do nosso fracasso; a glória reflectida nunca ajudou ninguém".

Alberto Gonçalves também escreve sobre a Eurovisão: "A Eurovisão está para a música como o restaurante do Barbas para a literatura ou o clã Mortágua para a economia. Mas bastou reconhecer esta nação valente para que adquirisse o prestígio de Bayreuth".

João Marques de Almeida escreve sobre Trump e Temer: "Os líderes europeus, apesar da antipatia que sentem contra Trump, estão nervosos com a possibilidade de um impeachment nos Estados Unidos. Sabem que o processo poderia prejudicar a economia europeia".


Os nossos Especiais

“Vi uma senhora de 80 anos a vender heroína que me disse assim: ‘Oh meu querido estás tão magrinho, toma uma sopa'”. José Goulão, um dos principais especialistas portugueses em droga, conta várias histórias surpreendentes numa entrevista de vida à Ana França. Explica, por exemplo, porque é que chegou a admitir um cão no seu programa de metadona.

A “revolta da batata” aconteceu há 100 anos, quando Lisboa foi varrida por uma vaga de violência motivada pela fome. A história dos assaltos, greves e prisões em 1917 é muito bem contada pela Maria José Oliveira.

A URSS deveria ser o primeiro "Estado científico" do mundo e chegou a ter mais cientistas do que os EUA - mas a história não acabou bem. A propósito do livro Estaline e os CientistasJosé Manuel Fernandes escreve sobre a "trágica submissão da ciência à ideologia".


Notícias surpreendentes

A passadeira vermelha dos Globos de Ouro andou entre a elegância e a ousadia. Veja a nossa fotogaleria e decida onde entram uns e outros.

Por falar em passadeira vermelha (mas sem falar em vestidos): o que aconteceu à cara de Pamela Anderson? A atriz passou por Cannes e estava "quase irreconhecível".

Este fim de semana, Salvador Sobral foi ao Marco de Canaveses dar um concerto que já estava marcado antes da vitória na Eurovisão. Manteve o humor em palco: “Jamais tive tanto público na minha vida! Caraças, porque será?”.

Ainda temos mais Salvador Sobral: no Observador, a Marlene Carriço publicou um perfil cruzado dos dois irmãos, que vai da rivalidade lá de casa à parceria de sucesso.

É um novo formato do Observador em vídeo: vamos para a estrada com vários músicos portugueses. O primeiro foi Samuel Úria, que toca este sábado no Tivoli, em Lisboa. Vejam, vejam.

Com todas estas informações e com a boa música de Samuel Úria, já não lhe falta nada para começar mais uma semana. Só precisa de ir passando por aqui para saber todas as novidades.
Até já!
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