David Dinis, Director
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Trump e Putin tiveram uma reunião secreta à margem do G20 - mas só agora soubemos dela. A Casa Branca fala de uma conversa "breve", mas oWashington Post diz que os dois líderes estiveram juntos uma hora.
Enquanto isso, Trump parece estar cansado dos republicanos. A história do falhanço da lei que devia ter substituído o Obamacare, contada esta noite pelo New York Times mostra um presidente ressentido. Aqui no PÚBLICO, o Alexandre Martins conta-nos também isso: como ter maioria em todo o lado e falhar: uma lição de Trump e do Partido Republicano.
Aqui do lado, de Espanha, veio uma notícia que nos envolve: Portugal é o único país da UE que rejeita sanções contra a Venezuela. É que 27 dos 28 Estados-membros da UE mostraram abertura à aplicação de sanções a Caracas, caso seja convocada a Assembleia Constituinte por parte de Maduro.
No estranho mundo do futebol, Bruno de Carvalho esticou a corda a Jorge Jesus: depois de mais uma derrota num amigável, agora com o Marselha, o presidente resolveu pôr pressão: "Temos de fazer mais e dar alegria a estas pessoas".
Notícias do dia
Desgoverno, take 1: esta manhã, a Maria Lopes conta-nos com detalhe como, 15 horas depois, o acordo do Governo com PCP caiu pela mão do BE e direita. O acordo era sobre a reforma das florestas - e foi deitado por terra às seis da manhã, no meio de confusão. À Maria Lopes só posso agradecer o esforço e desejar que consiga dormir um pouco.
Um desgoverno, ainda, nos incêndios: ontem soubemos que a Protecção Civil impôs uma espécie de "lei da rolha" aos comandantes dos bombeiros: deixam de estar autorizados a prestar informações aos jornalistas para "se concentrarem no essencial".
Desgoverno, também, na história que conta a nossa manchete de hoje: o Governo quis impor limites ao financiamento da cura para a hepatite C - mas recuou três dias depois. A Alexandra Campos explica assim: com quase sete mil doentes curados e o número de pacientes inscritos para tratamento nos hospitais a suplantar as previsões iniciais, o secretário de Estado da Saúde tentou fixar limites para o financiamento. Três dias depois, revogou o despacho.
Mais um caso na Educação (embora em menor escala): conta a Clara Viana que o Ministério anulou quase 200 vagas para entrada nos quadros. As últimas do concurso de professores estão aqui.
E outros dois na Defesa: o chefe da Força Aérea está surpreendido com a pista proposta pela ANA para o Montijo; e a Associação de Praças voltou a Tancos para dizer que "não há militares suficientes" para garantir segurança.
Ainda o desgoverno no inquérito à CGD, que ficou sem relatório final. Tudoporque dois deputados do PS se ausentaram da sala. E é por isso que o nossoEditorial de hoje fala da honra do convento.
Falando da banca, ainda há um relatório que passou despercebido - e que conta em 630 milhões os custos (para nós, contribuintes) das mudanças no Fundo de Resolução (mas aqui não . E uma notícia do dia, do Negócios, que mostra como os deputados ignoraram o BCE e vão limitar muito as entregas de dinheiro vivo.
Com tudo isto, não admira que o líder do PSD passado ao ataque: "A política preferida do Governo é a comunicação", disse Passos.
Mas também não admira que Costa tenha atacado o PSD pelo flanco de Loures: "Um candidato racista não desonra só uma candidatura em Loures. Desonra o partido que o apresenta", disparou o socialista. O candidato Ventura, animado pelo apoio do PSD, diz agora assim: “Toda a gente se aproxima de mim para dizer ‘Obrigado, André’”. Sem se rir.
Porque também há espaço para coisas boas, aqui está a melhor do dia: as vagas no Ensino Superior voltaram a crescer, ancoradas em Informática e Física. A partir desta quarta-feira, os estudantes têm 50.838 vagas para ocupar nas universidades e politécnicos. Se quiser saber quantos lugares há em cada curso, ou qual foi a nota de acesso no ano passado, aqui estão as respostas - e a oferta que vai estar a concurso até 8 de Agosto.
Desgoverno, take 1: esta manhã, a Maria Lopes conta-nos com detalhe como, 15 horas depois, o acordo do Governo com PCP caiu pela mão do BE e direita. O acordo era sobre a reforma das florestas - e foi deitado por terra às seis da manhã, no meio de confusão. À Maria Lopes só posso agradecer o esforço e desejar que consiga dormir um pouco.
Um desgoverno, ainda, nos incêndios: ontem soubemos que a Protecção Civil impôs uma espécie de "lei da rolha" aos comandantes dos bombeiros: deixam de estar autorizados a prestar informações aos jornalistas para "se concentrarem no essencial".
Desgoverno, também, na história que conta a nossa manchete de hoje: o Governo quis impor limites ao financiamento da cura para a hepatite C - mas recuou três dias depois. A Alexandra Campos explica assim: com quase sete mil doentes curados e o número de pacientes inscritos para tratamento nos hospitais a suplantar as previsões iniciais, o secretário de Estado da Saúde tentou fixar limites para o financiamento. Três dias depois, revogou o despacho.
Mais um caso na Educação (embora em menor escala): conta a Clara Viana que o Ministério anulou quase 200 vagas para entrada nos quadros. As últimas do concurso de professores estão aqui.
E outros dois na Defesa: o chefe da Força Aérea está surpreendido com a pista proposta pela ANA para o Montijo; e a Associação de Praças voltou a Tancos para dizer que "não há militares suficientes" para garantir segurança.
Ainda o desgoverno no inquérito à CGD, que ficou sem relatório final. Tudoporque dois deputados do PS se ausentaram da sala. E é por isso que o nossoEditorial de hoje fala da honra do convento.
Falando da banca, ainda há um relatório que passou despercebido - e que conta em 630 milhões os custos (para nós, contribuintes) das mudanças no Fundo de Resolução (mas aqui não . E uma notícia do dia, do Negócios, que mostra como os deputados ignoraram o BCE e vão limitar muito as entregas de dinheiro vivo.
Com tudo isto, não admira que o líder do PSD passado ao ataque: "A política preferida do Governo é a comunicação", disse Passos.
Mas também não admira que Costa tenha atacado o PSD pelo flanco de Loures: "Um candidato racista não desonra só uma candidatura em Loures. Desonra o partido que o apresenta", disparou o socialista. O candidato Ventura, animado pelo apoio do PSD, diz agora assim: “Toda a gente se aproxima de mim para dizer ‘Obrigado, André’”. Sem se rir.
Porque também há espaço para coisas boas, aqui está a melhor do dia: as vagas no Ensino Superior voltaram a crescer, ancoradas em Informática e Física. A partir desta quarta-feira, os estudantes têm 50.838 vagas para ocupar nas universidades e politécnicos. Se quiser saber quantos lugares há em cada curso, ou qual foi a nota de acesso no ano passado, aqui estão as respostas - e a oferta que vai estar a concurso até 8 de Agosto.
Textos onde parar
A Gulbenkian premiou defensoras de refugiados, valorizando histórias de direitos humanos, vindas da Hungria e da Austrália. A Maria João Guimarães conta-nos como a Austrália assegurou que não receberia mais boat people; e descreve-nos os contentores-prisão da Hungria para os refugiados. Em nenhum dos casos podemos ficar-lhe indiferentes.
A propósito, lembro-me de uma reportagem de que ainda não lhe tinha falado: chama-se os refugiados esquecidos da República Centro-Africana e foi escrita no P2 pela Ana Cristina Pereira. Começa assim: "Caminhou três meses e uma semana pelo mato adentro. Seguiu com familiares, grandes e pequenos, num desassossego, sempre a esconder-se. Um dia, zás. As milícias deram com eles. Mulheres e crianças para um lado, homens e rapazes para o outro. Umaru Djaratou nunca mais viu o marido. Seguiu com os seis filhos, o mais velho deficiente, o mais novo recém-nascido, em sobressalto, dias sem levar nada à boca. Não sabe o que aconteceu à casa, à loja, ao gado, que deixou na aldeia, próximo de Bozoum, na República Centro-Africana." A porta de entrada é por aqui.
Mas, porque as fugas também podem ser felizes, deixo-lhe outras portas entreabertas. Vêm precisamente do Fugas desta semana. Uma mostra-nos comocurto é o dia, eterna é a noite: são dez praias para descobrir em Ibiza,pela mão do Sousa Ribeiro. A outra conta-nos como viajar é montar e desmontar as caixas de que somos feitos - é e o passaporte com histórias de António Pedro Moreira, descritas pela Mara Gonçalves.
A Gulbenkian premiou defensoras de refugiados, valorizando histórias de direitos humanos, vindas da Hungria e da Austrália. A Maria João Guimarães conta-nos como a Austrália assegurou que não receberia mais boat people; e descreve-nos os contentores-prisão da Hungria para os refugiados. Em nenhum dos casos podemos ficar-lhe indiferentes.
A propósito, lembro-me de uma reportagem de que ainda não lhe tinha falado: chama-se os refugiados esquecidos da República Centro-Africana e foi escrita no P2 pela Ana Cristina Pereira. Começa assim: "Caminhou três meses e uma semana pelo mato adentro. Seguiu com familiares, grandes e pequenos, num desassossego, sempre a esconder-se. Um dia, zás. As milícias deram com eles. Mulheres e crianças para um lado, homens e rapazes para o outro. Umaru Djaratou nunca mais viu o marido. Seguiu com os seis filhos, o mais velho deficiente, o mais novo recém-nascido, em sobressalto, dias sem levar nada à boca. Não sabe o que aconteceu à casa, à loja, ao gado, que deixou na aldeia, próximo de Bozoum, na República Centro-Africana." A porta de entrada é por aqui.
Mas, porque as fugas também podem ser felizes, deixo-lhe outras portas entreabertas. Vêm precisamente do Fugas desta semana. Uma mostra-nos comocurto é o dia, eterna é a noite: são dez praias para descobrir em Ibiza,pela mão do Sousa Ribeiro. A outra conta-nos como viajar é montar e desmontar as caixas de que somos feitos - é e o passaporte com histórias de António Pedro Moreira, descritas pela Mara Gonçalves.
Agenda do dia
- O Parlamento entra numa longa sessão de encerramento de trabalhos, com uma maratona pela frente, antes de chegarem as férias;
- Reúne-se a Comissão da Seca, para tomar medidas de emergência. Há quatro ministérios envolvidos na operação;
- É o dia marcado para a leitura do acórdão do caso da Universidade Independente, com os arguidos a responder por centenas de crimes económicos, alguns cometidos na década de 90;
- A Organização Mundial de Saúde lança um relatório sobre a epidemia global de tabaco;
- A selecção feminina portuguesa lança-se no no Europeu de futebol, uma estreia que é, em si, um sonho tornado realidade.
Só para um minuto...
E agarre a varinha mágica: em Outubro, vamos voltar a espreitar Hogwarts. Sim, isso mesmo, são dois novos livros sobre o universo de Harry Potter.
Se os feitiços não são para si, talvez isto lhe agrade mais: Bohemian Rhapsody, o filme sobre os Queen, vai mesmo avançar.
Se, por outro lado, preferir outras músicas, o melhor é marcar já para onde ir no próximo fim-de-semana: é só escolher entre o Músicas do Mundo, a Sul, ou o segundo Mimo, mais a Norte (eu cá já tenho viagem marcada).
Dito isto, está na hora de começar um novo dia. Esqueça o desgoverno, lance-se na viagem, abra os vidros, aproveite as paragens para nos fazer uma visita.
Tenha, claro, um dia feliz. Até já!
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