domingo, 20 de agosto de 2017

3 crenças budistas que vão dar felicidade

imagesNão tem que praticar ioga ou seguir uma dieta ayurvédica para se beneficiar as ideias budistas (mas se fizer isso, mais poder terá).
Então, mesmo que não pense em equilibrar o seu dosha, aqui estão três poderosos elementos da filosofia budista, “As Nobres Verdades”, e como pode incorporá-las a cada dia. Isso pode mudar a sua vida …

1. Dukkha: A vida é dolorosa e causa sofrimento

Muitas pessoas podem dizer que o Budismo é pessimista ou negativo. Este é um resultado comum de aprender uma das Nobres Verdades e traduzir como “A vida é sofrimento”. Mas há mais nesta declaração. Ela não está apenas nos dizendo: “A vida é dura, então lide com isso.” Então o que mais ela diz?
Nós, podemos criar mais sofrimento nas nossas vidas tentando evitar ou suprimir emoções difíceis. Sim, as nossas vidas são inevitavelmente pontuadas com vários sentimentos desagradáveis: perda, tristeza, fadiga, tédio e ansiedade aparecem e reaparecem durante as nossas vidas.
Mas agarrar-se a expectativas particulares, coisas materiais, e estados do seu “ser”, muitas vezes é motivo de forte frustrações, decepções, e outras formas de dor. Então, ao invés de temer o nosso sofrimento ou procurar uma solução definitiva (que dificilmente será encontrada), podemos aprender simplesmente a reconhecer o nosso sofrimento.
Como podemos usar essa crença no dia-a-dia: Tente não comprar a ideia de que está quebrado. Espera a morte, o envelhecimento, a doença, o sofrimento e a perda faz parte da vida. Pratique a aceitação ao invés do conflito. Desapegue-se da ideia de que a vida deve ser fácil e livre de dor, emocional e fisicamente. Este é um equívoco que tornou-se popular pelas indústrias de moda, beleza, e farmacêutica.
Doença, desgosto, perda, decepção e frustração são partes da vida que podem ser mitigadas pela prática do “não-apego.” Tente abraçar a imperfeição para abandonar a crença de que a vida deve ser de determinada maneira. Abra o seu coração para a incerteza.

2. Anitya: A vida está em fluxo constante

Anitya ou “impermanência” significa que a vida como a conhecemos está em constante fluxo. Nós nunca podemos ter acesso ao momento que acabou de passar, nem nunca poderemos repetir. A cada dia que passa, as nossas células ficam diferentes, os nossos pensamentos desenvolvem-se, a temperatura e qualidade do ar mudam. Tudo em torno de nós é diferente. Sempre.
Quando sentimo-nos especialmente desconfortáveis, o conceito de impermanência pode ser, paradoxalmente, reconfortante. Por outras palavras: se nada é permanente, sabemos que a nossa dor vai passar. Mas quando estamos vivendo a alegria, a ideia da impermanência pode induzir medo.
Se aceitarmos a ideia da impermanência como um valor positivo, pode ser incrivelmente libertador. No Ocidente, cerca de 100 anos após Buda expressar esta ideia, o filósofo grego Heráclito espelhou a crença quando disse a famosa frase: “Nunca pode pisar no mesmo rio duas vezes.” Tudo o que temos é o momento presente.
Como podemos usar essa crença a cada dia: Comemore a ideia da mudança. Aceite que tudo está em constante mutação. E mesmo quando a ideia da impermanência parece assustadora, ela ajuda-nos a apreciar tudo o que estamos a viver no presente: as nossas relações, corpo, humor, saúde, clima, os nossos sapatos favoritos, os nossos empregos, a nossa juventude, as nossas mentes. Então, vamos saborear os momentos dos quais desfrutamos e ter em mente que os momentos dos quais não gostamos irão passar.

3. Anatma: O “eu” está sempre mudando

Quando um terapeuta pergunta aos seus pacientes o que eles querem encontrar na terapia, eles geralmente respondem: “Eu quero encontrar-me”. A nossa cultura levou-nos a acreditar que há um “eu” concreto e constante escondido em algum lugar em nós. Ela está entre o nosso coração e fígado? Ou em algum lugar desconhecido no nosso cérebro? Quem sabe!
O Budismo, no entanto, assume que não há esse “eu” estável e fixo. Em linha com Anitya (impermanência), as nossas células, memórias, pensamentos e narrativas pessoais – toda a “matéria” que em última análise compreende as nossas identidades – muda ao longo do tempo.
Claro, todos nós temos personalidades (embora elas possam mudar ao longo do tempo). Temos nomes, empregos, e outros títulos que usamos para nos identificar, para encontrar uma sensação do “eu”.
Mas a ideia de um constante “eu” é mais uma história que a nossa cultura ensinou-nos . É uma história que podemos mudar, aceitando a ideia de que nós mesmos podemos mudar – a qualquer hora, em qualquer lugar. Como Thich Nhat Hanh disse: “Graças a impermanência, tudo é possível.”
Como podemos usar essa crença a cada dia-a-dia: Em vez de focarmos em “encontrar-nos,” devemos concentrarmo-nos em criar o “eu” que queremos ser a cada momento. É possível que sejamos, e nos sentirmos diferentes do que eramos ontem. Estar deprimido hoje não significa que estará deprimido para sempre. Podemos perdoar os outros. Podemos perdoar-nos a nós próprios.
Uma vez que abandonamos o nosso apego à ideia do constante “eu”, podemos descansar mais confortavelmente com a constante mudança presente em toda a vida. Em cada novo momento, nós iremos renovarmo-nos.


Mind Body Green

Nenhum comentário:

Postar um comentário