domingo, 20 de agosto de 2017

Como é que o Budismo vê a depressão?

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Ser”, esta é a questão principal de um budista. Portanto, quando diz que se considera um budista, acaba deixando um pequeno rastro de dúvida e, principalmente, quando se refere a alguma identidade, é importante que possa de alguma forma dizer que é. Ou seja, da mesma forma que diz ‘Eu sou o Carlos’ ou ‘Eu sou a Joana’. Não deixa sombra de dúvida ou qualquer possibilidade de questionamento, tamanha a simplicidade da afirmação. Simplesmente “E”.
O facto de ser um budista, ou simplesmente de considerar-se um, não o impede de sair com os amigos e beber junto com eles. Aliás, é importante que saia e tenha a oportunidade de mostrar aos outros esse ‘ser’ que é e influenciá-los positivamente.
Aqui, mais uma vez, o importante é ‘ser’ equilibrado. Se por algum motivo não conseguir ser, e tiver uma recaída, tente de novo, afinal, se tem essa consciência budista, então deve mostrá-la a si mesmo, levantando e refazendo quantas vezes for preciso.
A depressão é um tipo de doença ocasionada principalmente pela ansiedade, que é um tipo de descontrolo. Portanto, uma boa forma de reagir é, se expondo, dando a cara pra bater. Não de maneira brutal, é claro, mas de maneira subtil, sorrindo, relatando os seus sentimentos, colocando os seus pontos de vista e principalmente, mostrando, por actos, para todos e para si mesmo, que é verdadeiro. Isso tudo levará reafirmar-se, e acreditar na iluminação própria e mútua. Não siga os impulsos da depressão, mas sim os sinais da cura.
Quanto ao que pode ocasionar a depressão, é caso por caso.
Também pode dizer-se que todo mundo tem um pouco de depressão, porém, nem todos permitem que ela tome conta. O mal existe, mas se não permitir que ele lhe influencie, então será o mesmo que não existisse. É assim que enfrentamos tudo aquilo que parece nos atingir, não simplesmente de frente, mas principalmente com uma mente superior ao do problema. Afinal, tanto o problema quanto a cura, ambos existem dentro de si mesmo. Sendo assim, dependerá de si, se realmente quer curar-se ou curtir um pouco mais este estado instável de identidade que gera o sofrimento e leva por fim a inacção.
És um ‘Ser’, acima de tudo predestinado à iluminação, por isso, toda vez que remar contra ela, estará contrariando a sua natureza e isso acarretará sempre algum tipo de sofrimento.
Finalizando, também podemos dizer que a fé, no Sutra Lótus, tal como Buda o fez, é o melhor dos remédios, pois não só cura as doenças naturais, como principalmente cura também as nossas doenças cármicas. E por nos libertar dessa forma, nos transforma na causa de uma solução e não no agravante de um problema.

Fonte: PB

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