Esqueça a Coreia do Norte e a constante ameaça de suas bombas. Para Elon Musk, empreendedor, bilionário e fundador da Tesla Motors e da SpaceX, é a competição entre países em busca da melhor e mais avançada inteligência artificial que vai nos levar a uma Terceira Guerra Mundial.
Aqui, também, não estamos falando de um cenário como o dos filmes de ficção científica, em que as máquinas tomam conta de tudo. Na realidade, o que o empreendedor indica é que o combate ainda será feito por humanos, mas por causa das inovações tecnológicas criadas pelos países rivais, que, pouco a pouco, podem começar a afetar soberanias e acordos regionais.
O comentário de Musk, feito pelo Twitter, vem em repercussão à fala do presidente russo Vladimir Putin. Durante uma palestra para estudantes para marcar o retorno às aulas, transmitida online na última sexta-feira (01) para milhares de escolas do país, o líder afirmou que o país com a inteligência artificial mais avançada também será aquele que dominará o mundo. Ele citou essa tecnologia como o futuro da humanidade.
E é justamente aí que a coisa fica complicada. Entre os países que estão na vanguarda do desenvolvimento desse tipo de tecnologia estão, justamente, Estados Unidos e China, nações que cooperam em diversos aspectos, mas que nem sempre estão na mesma página quando o assunto são as políticas internacionais. Outros nomes que estão nessa corrida são Índia e a própria Rússia.
Os comentários também ecoam a uma petição feita por Musk e outros 160 líderes do mercado de tecnologia, que enviaram à ONU um pedido para que seja criada uma regulação para o uso de inteligência artificial em materiais bélicos. Mais uma vez, a ideia não seria impedir uma possível insurreição das máquinas, mas sim normatizar a utilização de drones, equipamentos de vigilância e outros dispositivos que possam ser controlados de maneira remota, sem interferência humana.
Por mais que as afirmações de Putin tenham sido o estopim para os comentários de Musk, o bilionário pode encontrar no líder russo um aliado, pelo menos no campo das ideias. Isso porque, em sua fala, o presidente também afirmou sua intenção de não ver o desenvolvimento de inteligências artificiais monopolizado por uma única nação e garantiu que, se o país for o responsável pela vanguarda dessa área, compartilhará seu conhecimento com o restante do mundo.
A ver se as promessas realmente serão cumpridas, e se, acima de tudo, as máquinas inteligentes realmente não serão nossos piores inimigos em um futuro que parece cada vez mais próximo.
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