A Polícia da República de Moçambique (PRM) deteve, na semana passada, em Maputo, em ocasiões e lugares diferentes, seis jovens por prática de diversas actividades crimes. Um dos indivíduos é acusado de tráfico drogas e confiscou-se, em sua posse, um quilograma de uma substância que se presume que seja cocaína.
O visado, de 34 anos de idade, responde pelo nome de M. Tomane e vive no bairro da Polana Caniço, periferia da urbe. Orlando Modumane, porta-voz do Comando da PRM, na capital do país, afirmou que o indiciado foi preso quando acabava de desembarcar de um avião vindo de Angola. Acredita-se que é um traficante internacional de narcóticos.
Segundo as declarações do suspeito à imprensa e às autoridades policiais, ele nunca se envolveu em tráfico de estupefacientes, foi trapaceado por um amigo. A história começou com uma alegada tentativa de venda de pedras preciosas obtidas algures na Ilha de Moçambique, província de Nampula.
M. Tomane contactou o suposto amigo, do qual pretendia saber se o material em causa era ou não original e tinha valor comercial.
Orlando Modumane disse que uma investigação levada a cabo permitiu concluir que o indivíduo é um traficante de drogas.
“A pessoa disse-me que as pedras só” eram comercializáveis “no Brasil e ela organizou a viagem”, porque “eu disse que não tinha como chegar lá”, defendeu-se o jovem, que chegado àquele país hospedou-se num hotel, de onde manteve contanto com o suposto comprador. “Deram-me dinheiro mas disseram que era muito e era proibido levar no avião”.
Das alegadas elevadas quantias, o cidadão só recebeu 1.000 USD para gastos durante a viagem e teria o restante montante em Maputo.
Na circunstância, o acusado recebeu do seu cliente uma mala e ordens expressas para nunca levá-la para a sua casa, mas sim, deixar nas mãos da mesma pessoa que custeou as despesas de viagem para o Brasil.
Chegado no Aeroporto Internacional de Maputo, M. Tomane telefonou para o dono da encomenda, o qual disse que estava num carro, do lado de fora daquele recinto. Porém, a mala acabou nas mãos da PRM, por conter a referida substância com características idênticas as da cocaína.
Na semana em análise, a entidade que tem como função garantir a segurança e a ordem públicas e combater infracções à lei, privou a liberdade de 69 indivíduos, supostamente por envolvimento em crimes contra património e pessoas.
R. Mbedzane, de 23 anos de idade, também residente no bairro da Polana Caniço, faz parte desse grupo.
De acordo com ele, a detenção resultou do facto de ter achado uma pasta contendo duas pistolas, que na sua opinião são brinquedos. Ele e o amigo foram incriminados de porte ilegal de armas de fogo.
O comparsa alegou que não sabe porque razão está preso e acusou os agentes da Lei e Ordem de o ter torturado na esquadra, supostamente porque “dizem que sou conservador de armas”.
Numa outra operação, a corporação desmantelou cinco quadrilhas que sobreviviam de actividades ilícitas nos bairros de Maxaquene, da Polana e do Ferroviário.
Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique
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