Nem PS nem PSD reuniram alguma vez os grupos parlamentares para falar (ou informar) sobre as alterações à lei do financiamento partidário. Os deputados não sabiam, literalmente, o que estavam a votar. Passos, em silêncio, recusa ‘alinhar no populismo’ do BE e do CDS.
Era terça-feira. O grupo de trabalho que reunia os partidos com assento parlamentar entre abril e outubro deste ano decidia levar a votos, dois dias depois, as alterações à lei do financiamento partidário.
Desse grupo, cujas reuniões não tiveram qualquer ata ou registo e cujo objetivo visava responder a problemas de fiscalização de contas identificados pelo Tribunal Constitucional, o CDS – assim como depois o PAN – não votou favoravelmente a proposta discutida (ou semi-debatida) esta quinta-feira. Apenas a bancada de Assunção Cristas, na voz do deputado António Carlos Monteiro, interveio (e muito criticamente) sobre o tema. Nem a esquerda, incluindo o partido de Governo (socialista), nem o maior partido de Oposição (social-democrata) lhe responderam ou sequer se pronunciaram.
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