Professor e Associação Académica da Universidade do Minho iniciaram projeto há quatro anos e, nas últimas três edições, conseguiu 18 mil euros para ajudar alunos com mais dificuldades.
Há cerca de quatro anos, quando o país atravessava um dos piores ciclos da crise, Nuno Gonçalves, professor e fotógrafo, começou a perceber que havia alunos com dificuldades em pagar propinas. Foi nessa altura que, com o apoio de vários alunos, surgiu o calendário solidário.
Com o apoio da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), Nuno Gonçalves foi assim mentor (e fotógrafo oficial) deste calendário de cariz solidário, que já vai para a sua quarta edição.
Com as últimas três edições conseguiu angariar “cerca de 18 mil euros”, valor que é entregue na totalidade ao Fundo Social de Emergência da Universidade do Minho, para ajudar alunos em dificuldades.
“Comecei a ter alguns alunos que estavam a pedir para pagar a mensalidade de forma faseada ou mais tarde, porque estavam com problemas”, relata Nuno Gonçalves, treinador de judo, ao Notícias ao Minuto.
O docente, apoiado pela AAUM e contando com vários alunos que se tinham voluntariado, decidiu então criar este projeto, o Calendário Solidário da AAUMinho. “Na primeira edição do calendário tivemos um donativo de 5 mil dólares da Federação Internacional de Judo”, indica.
À frente da sua câmara posam alunos, mas também atletas profissionais. Ercília Machado (atletismo), Rita Dias (hóquei em patins), Emanuel Silva (campeão olímpico de canoagem) e até a equipa de andebol feminino da UPorto. Este ano, inclusive, internacionalizou-se, incluindo Rocío Sánchez Estepa (campeã mundial universitária de Karaté).
Calendário Solidário
na segunda-feira
Rocío Sánchez Estepa, Campeã do Mundo Universitário de Karaté em 2016! Uma das nossas estrelas desta edição de 2018!
“Nós temos dois grandes objetivos: primeiro, evidentemente, é angariar verbas para ajudar os alunos porque, em última instância, é o dinheiro que vai fazer a diferença para que um aluno se consiga manter no ensino superior. Segundo: chamar a atenção para este problema que é desistência e o abandono do ensino superior por falta de verbas”, termina Nuno Gonçalves.
Fonte: Noticiasaominuto
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